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quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

As irmãs tatas


Eram quatro irmãs tatibitates e a mãe delas tinha desgosto com esse defeito. Como as queria casar, aconselhava que não falassem diante de gente estranha, dando uma impressão má.
-Quem falar, não casará, ameaçava a velha.
uma vez, saíra a mãe, e as quatro moças estavam em casa quando apareceu um rapaz bem vestido, pedindo um copo dágua para beber.
A mais velha correu para buscar a bilha mas o fez tão estouvadamente que lhe escapou das mãos e espatifou-se no chão.
A moça, não se contendo exclamou:
- Lá si quêbou a tatinha de mamãe!(Lá se quebrou a quartinha da mamãe!).
A segunda:
- Que si quebou, que si quebasse!(Que se quebrou, que se quebrasse!).
A terceira, lembradas das recomendações maternas:
- Mamãe nun dissi que a genti nun fáiásse (Mamãe não disse que a gente não falasse?).
A última, tranqüila pela sua conduta:
- Eu, cumu nun faiêi, cazaêi! (Eu, como não falei, casarei!).

(Dáhlia Freire Cascudo - Natal - Rio Grande do Norte)

Bilha – Vaso bojudo, feito geralmente de cerâmica, de gargalo estreito, com ou sem alça pra conter água; Moringa, quartinha.
Quartinha – O mesmo que bilha.
Tatibitates – Pessoas que falam trocando certas consoantes; Gago, tartamudo.

Fonte: (texto )CASCUDO, Luis da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Rio de janeiro : Ediouro, 2000. p.249.

4 comentários:

  1. Prezada Cláudia:
    Parabéns pela qualidade do seu blog e pelo belíssimo trabalho de divulgação da cultura brasileira através dos seus contos. Fiquei emocionado ao ver o meu avô, Luís da Câmara Cascudo, como fonte de seus trabalhos.
    Só uma pequena correção: o nome correto é DÁHLIA FREIRE CASCUDO, que é minha avó.
    Um grande abraço
    Daliana Cascudo

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  2. Obrigada Daliana, por seu comentário fiquei muito feliz, pois é uma honra receber um comentário da neta do Câmara Cascudo. Errei na hora de digitar, já estou corrigindo o nome de sua avó. Foi um prazer muito grande recebê-la em meu blog. Um grande beijo para você e sua família, pois minha admiração por seu avô é imensa.
    Beijos com carinho.

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  3. É muito valioso receber o comentário da neta do grande escritor Câmara Cascudo , considerado o mais importante conhecedor do nosso folclore.
    Parabéns por esse contato , uma honra , um prêmio , ao seu trabalho.
    Fico feliz por você e todos os seus amigos

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  4. A minha Avó me contava esta historia todos os dias , mais do jeitinho dela mto diferente , hj esse texto estava na prova Brasil da minha escola chorei mto Pois minha vó ja se foi e essa historia me lembra mto ela

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Obrigada por comentar em meu blog. Beijo no coração!

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Histórias para ler e viajar pelo imaginário

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O que significa trabalho em equipe?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao curral da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi então até o porco e lhe disse:
- Senhor Porco, há uma ratoeira na casa, uma ratoeira...
O porco disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca.
A vaca lhe disse:
- O que Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não Senhora Vaca... Respondeu o rato.
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro sozinho.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa.
E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital era grave, porém por um milagre se recuperou e voltou para casa, mas com muitos cuidados.
Saúde abalada nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os parentes, amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher se recuperou e o fazendeiro feliz da vida resolveu dar uma festa, matou a vaca para o churrasco...
MORAL DA HISTÓRIA:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando existir uma ratoeira todos correm risco.
(Fonte: catequistasheila)