CONTOS, CANTOS E ENCANTOS (HISTÓRIAS PARA CRIANÇAS E ADULTO), ESPAÇO ONDE COMPARTILHAREI NARRATIVAS, INDICAÇÕES DE LIVROS E EVENTOS. "VAMOS INCENTIVAR O HÁBITO DE LEITURA!"


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domingo, 31 de janeiro de 2010

O Minotauro, Teseu e Ariadne

Minotauro é um monstro que vive em um labirinto


O Minotauro era o "bichinho' de estimação do rei Minos. Ele era muito feio e feroz. Um monstro com cabeça de touro e corpo de gigante. Por ordem do rei, o Minotauro vivia escondido dos habitantes de Creta em um labirinto. Só mesmo um grnde herói, como Teseu, seria capaz de enfrentar o monstro.
No labirinto de Creta, vivia o Minotauro. Era um monstro gigantesco, com corpo de gente e cabeça de touro. Vivia escondido dos homens por ordem do rei Minos. Uma vez a cada nove anos, chegava a Creta um navio de Atenas, com sete rapazes e sete moças, que eram devorados pelo Minotauro.
Os atenienses eram obrigados a mandar seus filhos para o sacrifício, por causa de uma guerra antiga entre Atenas e Creta.
Na terceira vez que isto estava para acontecer, Teseu, o grande herói de Atenas, declarou que dessa feita ele queria ser um dos sete rapazes. Teseu estava certo de que ia matar o Minotauro.
Chegando a Creta, Teseu e seus companheiros apresentaram-se ao rei Minos. A filha do rei, Ariadne, se apaixonou por Teseu à primeira vista. Ela lhe deu uma espada e um fio de linha.
A espada é óbvio! era para matar o Minotauro. E o fio de linha? "Amarre uma ponta do fio na cintura e a outra na entrada do labirinto", explicou Ariadne a Teseu. "Para sair do labirinto, basta caminhar de volta seguindo o fio."
Teseu deu de cara com o Minotauro numa das voltas do labirinto. Sentiu muito medo, porque o Minotauro tinha o dobro do tamanho dele e era o bicho mais feio da Terra.
Mas nestas horas um herói não pensa nada: ataca seja o bicho feio que for. Com a espada de Ariadne, Teseu matou o Minotauro.
De um labirinto daqueles, era quase impossível sair mas não para quem tem um fio de linha.
Teseu e Ariadne partiram juntos no navio de volta a Atenas e teriam sido felizes para sempre não fosse o deus Dioniso, que apareceu no meio do caminho e ameaçou Teseu com mil horrores se não lhe entregasse Ariadne.
Teseu tinha força e coragem bastante para enfrentar um Minotauro, mas um deus também já era demais! Deixou Ariadne para trás, na ilha de Naxos.

De tanta tristeza, Ariadne foi sumindo, foi sumindo, até que desapareceu, levada pelo vento, que era o deus Dioniso.
Não faz muito tempo, um compositor escreveu uma música linda contando esta história. O nome dele é Richard Strauss e a música se chama "Ariadne em Naxos".

ARTHUR NESTROVSKI
Especial para a Folha

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Trovinhas populares







Você diz que sabe muito

Borboleta sabe mais

Anda de perna pra cima

Coisa que você não faz

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Tem dia que eu digo ui

Tem dia que eu digo ai

Tem vez que eu digo vem

Tem outras que eu digo vai

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Fui a feira comprar uva

Encontrei uma coruja

Eu pisei no rabo dela

Me xingou de cara suja









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Minha mãe chamava Caca

Minha vó Caca Maria

Em casa tudo era caco

sou filho da cacaria.


Fonte: AZEVEDO, Ricardo. Você diz que sabe muito, borboleta sabe mais. São Paulo : Moderna, 2007.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Ganhei um selinho de presente da amiga Vivi Patrice

Ganhei este selinho da amiga Vivi.
http://vivianepatrice.blogspot.com/
Obrigada pelo mimo e carinho.
Um beijo no seu coração.

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Eros e Psiquê

Psiquê era a mais nova de três filhas de um rei de Mileto e era extremamente bela.
Sua beleza era tanta que pessoas de várias regiões iam admirá-la, assombrados, rendendo-lhe homenagens que só eram devidas à própria Afrodite.
Profundamente ofendida e enciumada, Afrodite enviou seu filho, Eros, para fazê-la apaixonar-se pelo homem mais feio e vil de toda a terra. Porém, ao ver sua beleza, Eros apaixonou-se profundamente.
O pai de Psiquê, suspeitando que, inadvertidamente, havia ofendido os deuses, resolveu consultar o oráculo de Apolo, pois suas outras filhas encontraram maridos e, no entanto, Psiquê permanecia sozinha. Através desse oráculo, o próprio Eros ordenou ao rei que enviasse sua filha ao topo de uma solitária montanha, onde seria desposada por uma terrível serpente. A jovem aterrorizada foi levada ao pé do monte e abandonada por seu pesarosos parentes e amigos. Conformada com seu destino, Psiquê foi tomada por um profundo sono, sendo, então, conduzida pela brisa gentil de Zéfiro a um lindo vale.
Quando acordou, caminhou por entre as flores, até chegar a um castelo magnífico. Notou que lá deveria ser a morada de um deus, tal a perfeição que podia ver em cada um dos seus detalhes. Tomando coragem, entrou no deslumbrante palácio, onde todos os seus desejos foram satisfeitos por ajudantes invisíveis, dos quais só podia ouvir a voz.
Chegando a escuridão, foi conduzida pelos criados a um quarto de dormir. Certa de ali encontraria finalmente o seu terrível esposo, começou a tremer quando sentiu que alguém entrara no quarto. No entanto, uma voz maravilhosa a acalmou. Logo em seguida, sentiu mãos humanas acariciarem seu corpo. A esse amante misterioso, ela se entregou.. Quando acordou, já havia chegado o dia e seu amante havia desaparecido. Porém essa mesma cena se repetiu por diversas noites.
Enquanto isso, suas irmãs continuavam a sua procura, mas seu esposo misterioso a alertou para não responder aos seus chamados. Psiquê sentindo-se solitária em seu castelo-prisão, implorava ao seu amante para deixá-la ver suas irmãs. Finalmente, ele aceitou, mas impôs a condição que, não importando o que suas irmãs dissessem, ela nunca tentaria conhecer sua verdadeira identidade.
Quando suas irmãs entraram no castelo e viram aquela abundância de beleza e maravilhas, foram tomadas de inveja. Notando que o esposo de Psiquê nunca aparecia, perguntaram maliciosamente sobre sua identidade. Embora advertida por seu esposo, Psiquê viu a dúvida e a curiosidade tomarem conta de seu ser, aguçadas pelos comentários de suas irmãs.
Seu esposo alertou-a que suas irmãs estavam tentando fazer com que ela olhasse seu rosto, mas se assim ela fizesse, ela nunca mais o veria novamente. Além disso, ele contou-lhe que ela estava grávida e se ela conseguisse manter o segredo ele seria divino, porém se ela falhasse, ele seria mortal.
Ao receber novamente suas irmãs, Psiquê contou-lhes que estava grávida, e que sua criança seria de origem divina. Suas irmãs ficaram ainda mais enciumadas com sua situação, pois além de todas aquelas riquezas, ela era a esposa de um lindo deus. Assim, trataram de convencer a jovem a olhar a identidade do esposo, pois se ele estava escondendo seu rosto era porque havia algo de errado com ele. Ele realmente deveria ser uma horrível serpente e não um deus maravilhoso.
Assustada com o que suas irmãs disseram, escondeu uma faca e uma lâmpada próximo a sua cama, decidida a conhecer a identidade de seu marido, e se ele fosse realmente um monstro terrível, matá-lo. Ela havia esquecido dos avisos de seu amante, de não dar ouvidos a suas irmãs.
A noite, quando Eros descansava ao seu lado, Psiquê tomou coragem e aproximou a lâmpada do rosto de seu marido, esperando ver uma horrenda criatura. Para sua surpresa, o que viu porém deixou-a maravilhada. Um jovem de extrema beleza estava repousando com tamanha quietude e doçura que ela pensou em tirar a própria vida por haver dele duvidado.
Enfeitiçada por sua beleza, demorou-se admirando o deus alado. Não percebeu que havia inclinado de tal maneira a lâmpada que uma gota de óleo quente caiu sobre o ombro direito de Eros, acordando-o.
Eros olhou-a assustado, e voou pela janela do quarto, dizendo:
- "Tola Psique! É assim que retribuis meu amor? Depois de haver desobedecido as ordens de minha mãe e te tornado minha esposa, tu me julgavas um monstro e estavas disposta a cortar minha cabeça? Vai. Volta para junto de tuas irmãs, cujos conselhos pareces preferir aos meus. Não lhe imponho outro castigo, além de deixar-te para sempre. O amor não pode conviver com a suspeita."
Quando se recompôs, notou que o lindo castelo a sua volta desaparecera, e que se encontrava bem próxima da casa de seus pais. Psiquê ficou inconsolável. Tentou suicidar-se atirando-se em um rio próximo, mas suas águas a trouxeram gentilmente para sua margem. Foi então alertada por Pan para esquecer o que se passou e procurar novamente ganhar o amor de Eros.
Por sua vez, quando suas irmãs souberam do acontecido, fingiram pesar, mas partiram então para o topo da montanha, pensando em conquistar o amor de Eros. Lá chegando, chamaram o vento Zéfiro, para que as sustentasse no ar e as levasse até Eros. Mas, Zéfiro desta vez não as ergueram no céu, e elas caíram no despenhadeiro, morrendo.
Psiquê, resolvida a reconquistar a confiança de Eros, saiu a sua procura por todos os lugares da terra, dia e noite, até que chegou a um templo no alto de uma montanha. Com esperança de lá encontrar o amado, entrou no templo e viu uma grande bagunça de grãos de trigo e cevada, ancinhos e foices espalhados por todo o recinto. Convencida que não devia negligenciar o culto a nenhuma divindade, pôs-se a arrumar aquela desordem, colocando cada coisa em seu lugar. Deméter, para quem aquele templo era destinado, ficou profundamente grata e disse-lhe:
- "Ó Psiquê, embora não possa livrá-la da ira de Afrodite, posso ensiná-la a fazê-lo com suas próprias forças: vá ao seu templo e renda a ela as homenagens que ela, como deusa, merece."
Afrodite, ao recebê-la em seu templo, não esconde sua raiva. Afinal, por aquela reles mortal seu filho havia desobedecido suas ordens e agora ele se encontrava em um leito, recuperando-se da ferida por ela causada. Como condição para o seu perdão, a deusa impôs uma série de tarefas que deveria realizar, tarefas tão difíceis que poderiam causar sua morte.
Primeiramente, deveria, antes do anoitecer, separar uma grande quantidade de grãos misturados de trigo, aveia, cevada, feijões e lentilhas. Psiquê ficou assustada diante de tanto trabalho, porém uma formiga que estava próxima, ficou comovida com a tristeza da jovem e convocou seu exército a isolar cada uma das qualidades de grão.
Como 2ª tarefa, Afrodite ordenou que fosse até as margens de um rio onde ovelhas de lã dourada pastavam e trouxesse um pouco da lã de cada carneiro. Psiquê estava disposta a cruzar o rio quando ouviu um junco dizer que não atravessasse as águas do rio até que os carneiros se pusessem a descansar sob o sol quente, quando ela poderia aproveitar e cortar sua lã. De outro modo, seria atacada e morta pelos carneiros. Assim feito, Psique esperou até o sol ficar bem alto no horizonte, atravessou o rio e levou a Afrodite uma grande quantidade de lã dourada.
Sua 3ª tarefa seria subir ao topo de uma alta montanha e trazer para Afrodite uma jarra cheia com um pouco da água escura que jorrava de seu cume. Dentre os perigos que Psiquê enfrentou, estava um dragão que guardava a fonte. Ela foi ajudada nessa tarefa por uma grande águia, que voou baixo próximo a fonte e encheu a jarra com a negra água.
Irada com o sucesso da jovem, Afrodite planejou uma última, porém fatal, tarefa. Psiquê deveria descer ao mundo inferior e pedir a Perséfone, que lhe desse um pouco de sua própria beleza, que deveria guardar em uma caixa. Desesperada, subiu ao topo de uma elevada torre e quis atirar-se, para assim poder alcançar o mundo subterrâneo. A torre porém murmurou instruções de como entrar em uma particular caverna para alcançar o reino de Hades. Ensinou-lhe ainda como driblar os diversos perigos da jornada, como passar pelo cão Cérbero e deu-lhe uma moeda para pagar a Caronte pela travessia do rio Estige, advertindo-a:
- "Quando Perséfone lhe der a caixa com sua beleza, toma o cuidado, maior que todas as outras coisas, de não olhar dentro da caixa, pois a beleza dos deuses não cabe a olhos mortais."
Seguindo essas palavras, conseguiu chegar até Perséfone, que estava sentada imponente em seu trono e recebeu dela a caixa com o precioso tesouro. Tomada porém pela curiosidade em seu retorno, abriu a caixa para espiar. Ao invés de beleza havia apenas um sono terrível que dela se apossou.
Eros, curado de sua ferida, voou ao socorro de Psiquê e conseguiu colocar o sono novamente na caixa, salvando-a.
Lembrou-lhe novamente que sua curiosidade havia novamente sido sua grande falta, mas que agora podia apresentar-se à Afrodite e cumprir a tarefa.
Enquanto isso, Eros foi ao encontro de Zeus e implorou a ele que apaziguasse a ira de Afrodite e ratificasse o seu casamento com Psiquê. Atendendo seu pedido, o grande deus do Olimpo ordenou que Hermes conduzisse a jovem à assembléia dos deuses e a ela foi oferecida uma taça de ambrosia. Então com toda a cerimônia, Eros casou-se com Psiquê e no devido tempo nasceu seu filho, chamado Voluptas (Prazer).
(Mitologia grega)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

A menina e o pássaro encantado - Nota explicativa


Para o adulto que for ler esta história para uma criança:
Esta é uma história sobre a separação:
quando duas pessoas que se amam têm de dizer adeus…
Depois do adeus, fica aquele vazio imenso: a saudade.Tudo se enche com a presença de uma ausência.
Ah!
Como seria bom se não houvesse despedidas…
Alguns chegam a pensar em trancar em gaiolas aqueles a quem amam.
Para que sejam deles, para sempre…
Para que não haja mais partidas…

Poucos sabem, entretanto, que é a saudade que torna encantadas as pessoas. A saudade faz crescer o desejo. E quando o desejo cresce, preparam-se os abraços.
Esta história, eu não a inventei.
Fiquei triste, vendo a tristeza de uma criança que chorava uma despedida…
E a história simplesmente apareceu dentro de mim, quase pronta.
Para quê uma história? Quem não compreende pensa que é para divertir.
Mas não é isso.É que elas têm o poder de transfigurar o quotidiano.
Elas chamam as angústias pelos seus nomes e dizem o medo em canções.
Com isto, angústias e medos ficam mais mansos.
Claro que são para crianças.
Especialmente aquelas que moram dentro de nós, e têm medo da solidão…
As mais belas histórias de Rubem Alves
Lisboa, Edições Asa, 2003

A menina e o pássaro encantado – Ruben Alves

Era uma vez uma menina que tinha um pássaro como seu melhor amigo.
Ele era um pássaro diferente de todos os demais: era encantado.
Os pássaros comuns, se a porta da gaiola ficar aberta, vão-se embora para nunca mais voltar. Mas o pássaro da menina voava livre e vinha quando sentia saudades…
As suas penas também eram diferentes. Mudavam de cor. Eram sempre pintadas pelas cores dos lugares estranhos e longínquos por onde voava.
Certa vez voltou totalmente branco, cauda enorme de plumas fofas como o algodão…
— Menina, eu venho das montanhas frias e cobertas de neve, tudo maravilhosamente branco e puro, brilhando sob a luz da lua, nada se ouvindo a não ser o barulho do vento que faz estalar o gelo que cobre os galhos das árvores.
Trouxe, nas minhas penas, um pouco do encanto que vi, como presente para ti…
E, assim, ele começava a cantar as canções e as histórias daquele mundo que a menina nunca vira.
Até que ela adormecia, e sonhava que voava nas asas do pássaro.
Outra vez voltou vermelho como o fogo, penacho dourado na cabeça.
— Venho de uma terra queimada pela seca, terra quente e sem água, onde os grandes, os pequenos e os bichos sofrem a tristeza do sol que não se apaga.
As minhas penas ficaram como aquele sol, e eu trago as canções tristes daqueles que gostariam de ouvir o barulho das cachoeiras e ver a beleza dos campos verdes.
E de novo começavam as histórias.
A menina amava aquele pássaro e podia ouvi-lo sem parar, dia após dia.
E o pássaro amava a menina, e por isto voltava sempre.
Mas chegava a hora da tristeza.
— Tenho de ir — dizia.
— Por favor, não vás. Fico tão triste. Terei saudades. E vou chorar…
— E a menina fazia beicinho…
— Eu também terei saudades — dizia o pássaro.
— Eu também vou chorar.
Mas vou contar-te um segredo: as plantas precisam da água, nós precisamos do ar, os peixes precisam dos rios…
E o meu encanto precisa da saudade.
É aquela tristeza, na espera do regresso, que faz com que as minhas penas fiquem bonitas.
Se eu não for, não haverá saudade. Eu deixarei de ser um pássaro encantado.
E tu deixarás de me amar.
Assim, ele partiu.
A menina, sozinha, chorava à noite de tristeza, imaginando se o pássaro voltaria.
E foi numa dessas noites que ela teve uma ideia malvada:
“Se eu o prender numa gaiola, ele nunca mais partirá.
Será meu para sempre. Não mais terei saudades. E ficarei feliz…”
Com estes pensamentos, comprou uma linda gaiola, de prata, própria para um pássaro que se ama muito.
E ficou à espera. Ele chegou finalmente, maravilhoso nas suas novas cores, com histórias diferentes para contar.
Cansado da viagem, adormeceu. Foi então que a menina, cuidadosamente, para que ele não acordasse, o prendeu na gaiola, para que ele nunca mais a abandonasse.
E adormeceu feliz.
Acordou de madrugada, com um gemido do pássaro…
— Ah! menina… O que é que fizeste? Quebrou-se o encanto.
As minhas penas ficarão feias e eu esquecer-me-ei das histórias…
Sem a saudade, o amor ir-se-á embora…
A menina não acreditou. Pensou que ele acabaria por se acostumar.
Mas não foi isto que aconteceu.
O tempo ia passando, e o pássaro ficando diferente.
Caíram as plumas e o penacho. Os vermelhos, os verdes e os azuis das penas transformaram-se num cinzento triste.
E veio o silêncio: deixou de cantar.
Também a menina se entristeceu. Não, aquele não era o pássaro que ela amava.
E de noite ela chorava, pensando naquilo que havia feito ao seu amigo…
Até que não aguentou mais.
Abriu a porta da gaiola.
— Podes ir, pássaro. Volta quando quiseres…
— Obrigado, menina. Tenho de partir.
E preciso de partir para que a saudade chegue e eu tenha vontade de voltar.
Longe, na saudade, muitas coisas boas começam a crescer dentro de nós.
Sempre que ficares com saudade, eu ficarei mais bonito.
Sempre que eu ficar com saudade, tu ficarás mais bonita.
E enfeitar-te-ás, para me esperar…
E partiu. Voou que voou, para lugares distantes.
A menina contava os dias, e a cada dia que passava a saudade crescia.
— Que bom — pensava ela — o meu pássaro está a ficar encantado de novo…
E ela ia ao guarda-roupa, escolher os vestidos, e penteava os cabelos e colocava uma flor na jarra.
— Nunca se sabe. Pode ser que ele volte hoje…
Sem que ela se apercebesse, o mundo inteiro foi ficando encantado, como o pássaro.
Porque ele deveria estar a voar de qualquer lado e de qualquer lado haveria de voltar.
Ah!Mundo maravilhoso, que guarda em algum lugar secreto o pássaro encantado que se ama…
E foi assim que ela, cada noite, ia para a cama, triste de saudade, mas feliz com o pensamento: “Quem sabe se ele voltará amanhã….”
E assim dormia e sonhava com a alegria do reencontro.
* * *
Fonte: Alves, Ruben. a menina e o pássaro encantado. São Paulo : Loyola, s.d.

domingo, 24 de janeiro de 2010

Procurando a Felicidade


Um homem não conseguia encontrar
a felicidade em lugar nenhum.
Um dia ele resolveu sair pelo mundo à procura da felicidade.
Fechou a porta da sua casa e partiu com a disposição de percorrer todos os caminhos da terra até encontrar o lugar de ser feliz.
Aonde chegava reunia um grupo a quem
explicava os planos que tinha para ser feliz.
Afirmava que seus seguidores seriam felizes na posse de regiões gigantescas, onde haveria montes de ouro.
Mas o povo lamentava e ninguém o seguia.
No dia seguinte novamente partia.
Assim, foi percorrendo cidades e cidades,
de país em país, anos a fio.
Mas um dia percebeu que estava ficando velho
sem ter encontrado a felicidade.
Seus cabelos tingiam-se de branco, suas mãos estavam enrugadas, suas roupas esfarrapadas, os calçados aos pedaços.
Além disso, estava cansado de procurar
a felicidade, tão inutilmente.
Enfim, depois de muito andar, parou em frente à uma casa antiga. As janelas de vidro estavam quebradas, o mato cobria o canteiro do jardim, a poeira invadia quartos e salas.
Ele olhou e pensou que ali, naquela casa desprezada e sem dono, ele construiria a sua felicidade: arrumaria o telhado, colocaria vidro nas janelas, pintaria as paredes, cuidaria do jardim.- Vou ser feliz aqui. Disse ele.
E o homem cansado foi andando até chegar a porta.
Quando entrou, ficou imóvel, perplexo!
Aquela era a sua própria casa, que ele abandonara há tantos anos à procura da felicidade.
Então ele compreendeu que de nada tinha adiantado dar a volta ao mundo, pois a felicidade estava dentro da própria casa, dentro dele...
e ele não tinha percebido

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Muitas vezes em nossas vidas, ficamos atrás da felicidade, e não percebemos que ela esta bem ao nosso lado.Possamos ter a sabedoria de enxergar a nossa verdadeira Felicidade, que sempre está bem ao nosso lado. A verdadeira Felicidade que está em Cristo Jesus!


Lindo texto copiei do blog da minha amiga Carla Cristina.

A Lenda do Mapinguari

Autor: Jon Talber[1]

Se nossos medos mais ocultos se tornam representações alegóricas vivas, compreender esses temores, nos faculta então a cura dos medos.
O Mapinguari é o mais popular dos monstros da Amazônia.
Seu domínio estende-se pelo Pará, Amazonas, Acre, vivificado pelo medo de uma população meio nômade que mora nas matas, subindo os rios, acampando nas margens desertas dos grandes lagos e lagoas sem nome.
Caçadores e trabalhadores de todos os ofícios citam o Mapinguari como um verdadeiro demônio do Mal. Não tem utilidades ou vícios cuja satisfação determine aliança momentânea com os religiosos cristãos.
Mata sempre, infalivelmente, obstinadamente, quem encontra pela frente.
Mata para comer.
Descrevem-no como um homem agigantado, negro pelos cabelos longos que recobrem seu corpo como um manto, de mãos compridas, unhas em garra, fome insaciável, ou "canina" como é conhecida uma fome de tamanha envergadura.
Só é vulnerável no umbigo.
É crença universal a existência da vulnerabilidade umbilical dos monstros.
Indica também que um dia nasceu de outro nascido, que é um ser vivente como todos os outros que habitam a terra, apenas pertencente a uma linhagem pouco compreendida.
Em algumas regiões, também o Lobisomem, pode ser abatido pelo umbigo.
O Mapinguari, ao contrário de outras entidades fabulosas, não anda durante a noite.
Durante a noite, dorme.
O perigo é de dia, a penumbra no meio das florestas fechadas que mal deixam passar a luz do Sol. Na obscuridade dos troncos de muitas formas o Mapinguari se destaca, surge bruscamente, para atacar e ferir.
Mas não avança silencioso como seria a lógica.
Vem berrando alto, gritos soltos, curtos, horríveis, que deixam suas vítimas atordoadas, sem ação.
De longe os homens ouvem seus apelos terríveis. E fogem, sem olhar para trás.
É como se o Mapinguari estivesse desafiando os carajosos para um encontro supremo, face a face.
Esses gritos roucos e contínuos explicam os rumores naturais que a floresta produz e não se consegue de forma sensata explicá-los.
Assim, sem uma explicação lógica para os muitos e difusos barulhos e murmúrios da densa e misteriosa mata, os homens logo atribuem ao Mapinguari tal repertório sonoro.
Qual seria a origem do Mapinguari? Não parece muito antiga porque seu nome não está presente na lista dos cronistas coloniais.
Aparece já nos tempos modernos, mais comumente nas narrativas dos seringueiros, nas lembranças dos récem-vindos da Amazônia.
Cronistas famosos como o minucioso Stradelli, ou Tastevin, não registram sua existência nos vocabulários.
Seu físico é quase uma descrição literal do Caapora, assim desenhado por Couto Magalhães
[1]: "Um grande homem coberto de pelos negros por todo corpo e cara, montando sempre um grande porco de dimensões exageradas, tristonho, taciturno, e dando vez por outra um grito para impelir a vara." Essa é a descrição do Caapora, onde o porco é o elemento não concordante com o Mapinguari.
Já o Caapora de Gonçalves Dias [2] era um índio anão.
O Mapinguari é, evidentemente, um Caapora desfigurado, sem alguns elementos que no passado autenticavam sua origem e atividade dentro das florestas.
Guarda a estrutura, o grito, o corpo vestido de pelos.
Também o seu habitat florestal, continuando a ser um mito das matas, conhecido especialmente por aqueles que nela vivem.
Resumo:
Mapinguari é um animal fabuloso, semelhante ao homem, mas todo cabeludo.
Os seus grandes pelos o tornam invulnerável à bala de qualquer calibre, exceção da parte do umbigo.
Segundo a lenda é ele um terrível inimigo do homem, a quem devora e despreza.
Mas devora apenas a cabeça.
Acreditam alguns índios Tuixauas que se trata da reencarnação viva de um antigo rei de sua etnia, que no passado habitava aquelas regiões.
[3] Como o Quibungo africano, o Mapinguari tem a posição anômala da boca, rasgada do nariz ao estômago, num corte vertical, cujos lábios estão sempre sujos de sangue.
Depoimentos atestam que seus pés em forma de casco, são virados ao avesso, como o Curupira.
Informações Complementares:
Nomes comuns: Mapinguari.
Origem Provável: É de origem recente e possivelmente uma variante do Curupira. Nenhum cronista do Brasil colônia ou império citam seu nome.
Entre os seringueiros e moradores da floresta Amazônica é quase uma unanimidade.
Alguns elementos de sua fisiologia e costumes foram com certeza tirados do Caipora ou Curupira. Mas não é de origem indígena, uma vez que há nele uma espécie de caráter punitivo de cunho religioso, coisa alheia aos aborígenes.
O nome Mapinguari possivelmente se trata de uma contração de mbaé-pi-guari, a cousa que tem o pé torto, retorcido, ao avesso.
O início da surpresa seria o rastro de forma estranha, circular, indicando justamente a direção oposta ao verdadeiro rumo.
Posteriormente é que a imaginação criou a figura material, semelhante aos outros monstros. Quando ele apanha um caçador, mete-o debaixo do grande braço forte como aço, mergulha-lhe a cabeça na imensa bocarra e masca-o, isto é, come-o aos poucos, mastigando lentamente, remoendo.
Em um ponto distancia-se do Lobisomem.
Não há notícia de alguém poder se tornar Mapinguari.
O Sr. Mário Guedes[3], pesquisador de mitos, informa que é crença entre alguns índios Tuixauas, escutou isso de um chefe indígena dessa etnia, que o Mapinguari era o "antigo rei da região".
Mas se há essa lenda, o Tuixaua só tomou a nova encarnação depois de morto.
Mas, o Mapinguari é uma forma definitiva.
Um dos traços visíveis da catequese católica é a intercorrência do resguardo aos dias santos e domingos.
O Mapinguari escolhe quase sempre esses dias para suas aventuras predatórias.
Caçador que encontrar matando caça nesses dias proibidos e de preceito, é homem morto.
É opinião concreta entre os compiladores folcloristas, que nessa insinuação está a antiga influência da catequese de tentar incutir entre os selvagens obediência a uma das leis da Igreja, sob o jugo do medo.
Documentário:
J. da silva Campos, em seu livro de contos tradicionais[4], relata o seguinte episódio.
O Mapinguari (Rio Purus, Amazonas).
Dois seringueiros moravam na mesma barraca, em um "centro" muito afastado, lá naqueles fins de mundo.
Um deles tinha por costume sair todos os domingos para caçar.
O companheiro sempre lhe dizia:"Olha, fulano, Deus deixou os domingos para a gente descansar".Ao que ele retrucava:"Ora, no domingo tembém se come".
E lá se ia para o mato, onde ficava o dia inteiro.
Por muita insistência sua, o companheiro resolveu-se a ir fazer uma caçada com ele, certo domingo.
Foram e perderam-se um do outro.
O que não estava habituado a tais empreitadas andou muito tempo à toa, sem acertar o caminho e já não sabia mais onde tinha a cabeça, de atarantado.
Foi quando ouviu uns berros medonhos e estranhos, que o encheram de pavor.
Subiu mais que depressa numa árvore bem alta e ficou lá em cima, quieto, imóvel, para ver o que era aquilo.
Os berros foram se fazendo ouvir cada vez mais perto, até que ele pôde testemunhar um espetáculo horrendo, que quase o põe louco de terror.
Um Mapinguari, aquele macacão enorme, peludo que nem um coatá, de pés de burro, virados para trás, trazia debaixo do braço o seu pobre companheiro de barraca, morto, esfrangalhado, gotejando sangue.
O monstro, com as unhas que pareciam de uma onça, começou a arrancar pedaços do infeliz e metia-os na boca, grande como uma solapa, rasgada à altura do estômago, dizendo em altas e terríveis vozes:"No domingo também se come!"
Assim, o seringueiro viu a estranha fera engolir o infeliz caçador.
E lá foi a besta horrenda pela mata, urrando num tom de voz que fazia estremecer até as próprias árvores: "No domingo também se come!"
Notas:
[1] Um dos principais e mais atuantes pesquisadores do nosso Folclore.
Homem inteligente, falava francês, inglês, alemão, italiano, tupi e numerosos dialetos indígenas. Foi quem iniciou os estudos folclóricos no Brasil, publicando O selvagem (1876) e Ensaios de antropologia (1894), entre outros.
[2] Antônio Gonçalves Dias. Consagrado escritor brasileiro. Sua obra pode ser enquadrada no Romantismo. Procurou formar um sentimento nacionalista ao incorporar assuntos, povos e paisagens brasileiras na literatura nacional.
Ao lado de José de Alencar, desenvolveu o Indianismo.
Por sua importância na história da literatura brasileira, podemos dizer que Gonçalves Dias incorporou uma idéia de Brasil à literatura nacional
[3] Mário Guedes - Os Seringais, Jacinto Ribeiro os Santos, Editor, 2º milheiro, p. 221. Rio de janeiro, 1920.
4] J. da silva Campos (na coletânea de 81 contos populares) em Folclore no Brasil - de Basílio Magalhães, Rio de Janeiro, Livraria Quaresma, p.321. - 1928.


Região Norte


Uma das maiores e mais belas criações da natureza.
A Região Norte, maior área verde do planeta, é o Brasil do encanto e do mistério, guardando fascinação, segredos e os perigos do mundo selvagem.
É formada pelos estados de Roraima, acre, Amapá, Pará, Rondônia, Tocantins. Constitui a região mais extensa; corresponde a quase metade do Brasil e é pouco povoada. Aproximadamente 6% da população brasileira vive nesse território.
Nas matas das florestas e nas reservas habitam os índios. ao longo dos rios vivem os caboclos ribeirinhos. O caboclo amazônico tem a mistura do branco, do índio e do africano que fez nascer um folclore cheio de encantos.
As lendas da região norte têm seu berço na mãe natureza: na rica vegetação, nos peixes, nos pássaros, nas misteriosas águas de seus rios... A fartura e a beleza regional são fonte de inspiração de poetas e da literatura popular do seu povo. Cantadas e sentidas com arte, com poesia, há a marca da liberdade que caracteriza os nossos índios, o encanto dos rituais africanos, e as tradições dos brancos europeus.
Fonte: PIAI, Arlete e PACCINI, Maria Júlia. Viajando pelo folclore de Norte a sul. São Paulo : Cortez, 2004.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Pessoal meu blog está de roupa nova!
Espero que gostem!
Beijinhos

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

A cigarra e a formiga - La Fontaine

Tendo a cigarra em cantigas
Folgado todo verão
Achou-se em penúria extrema
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

Rogou-lhe que lhe emprestasse,
Pois tinha riqueza e brio,
Algum grão com que manter-se
Té voltar o aceso estio.

A formiga nunca empresta,
Nunca dá, por isso junta:
"No verão em que lidavas?"
À pedinte ela pergunta.

Responde a outra: "Eu cantava
Noite e dia, a toda hora.
- Oh! Bravo!, torna a formiga;
Cantavas? Pois dança agora!"

Bocage(Trad.)
Fonte: La Fontaine. Fábulas : antologia. São Paulo : Martin Claret,2005.)

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Amizade

Tem tudo a ver comigo essa imagem!!!!

A vida

domingo, 17 de janeiro de 2010

A verdadeira habilidade


O iogue Raman era um verdadeiro mestre na arte do arco e flecha. Certa manhã, ele convidou seu discípulo mais querido para assistir a uma demosntração de seu talento. O discípulo já vira aquilo mais de cem vezes, mas, mesmo assim, resolveu obedecer ao mestre.

Foram para o bosque ao lado do mosteiro. Ao chegarem diante de um belo carvalho, Raman pegou uma das flores que trazia em seu colar e a colocou em um dos ramos da árvore.

Em seguida, abriu seu aforge e dali retirou três objetos: seu magnífico arco de madeira preciosa, uma flecha e um lenço branco bordado, com desenhos lilás.

O iogue então posicionou-se a uma distância de cem passos do local onde havia colocado a flor. De frente para o seu alvo, pediu que seu discípulo o vendasse com o lenço bordado.

O discípulo fez o que o mestre ordenava.

- Quantas vezes você já me viu praticar o nobre e antigo esporte do arco e flecha? - perguntou o mestre.

- Todos os dias - respondeu o discípulo.- e sempre o vi acertar na rosa, a uma distância de trezentos passos.

Com os olhos cobertos pelo lenço, o iogue Raman firmou seus pés na terra, distendeu o arco com toda a sua energia - apontando na direção da rosa colocada num dos ramos do carvalho - e disparou.

A flecha cortou o ar provocando um ruído agudo, mas nem sequer atingiu a árvore, errando o alvo por uma distância constrangedora.

- Acertei? -perguntou Raman retirando o lenço que cobria seus olhos.

- O senhor errou, e por uma grande margem de erro - respondeu o discípulo.- Achei que ia mostrou-me o poder do pensamento e sua capacidade de fazer mágicas.

- Eu lhe dei a lição mais importante sobre o poder do pensamento - respondeu Raman.- quando desejar alguma coisa, concentre-se apenas nela: ninguém jamais será capaz de atingir um alvo que não consegue ver.

Fonte: Coelho, Paulo. História para pais filhos e netos. São Paulo : Globo, 2001. p.15

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Fotos do show da Orquestra Ases de Ouro

Oiii!!!
Aí estão algumas fotos do evento de lançamento do livro e cd do Maestro Jadir de Castro. Apresentação da Orquestra Ases de Ouro.
MÚSICA É MINHA PAIXÃO!

CLAUDIA

ROSANA

ORQUESTRA ASES DE OURO

MAESTRO JADIR DE CASTRO AUTOGRAFANDO O LIVROS E CDSESPÔSA DO MAESTRO JADIR DE CASTRO COM A DUPLA CLAUDIA E ROSANA
COM ROSANGELA QUE NOS AJUDOU NO CAMARIM
COM MÚSICO E MAESTRO SIDNEI IR

CLAUDIA

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Show da Rádio Nacional


Olá pessoal,
Apesar de toda tristeza no meu coração por causa do acidente com uma amiga querida, que inclusive já participou nos meus eventos de contações de histórias no Projeto Paixão de Ler( uma delas foi Trajetória de Ary Barroso). Hoje tive uma alegria para distrair meu coração aflito. Eu e Rosana fomos cantar com uma Orquestra ( Ases de Ouro) na Rádio Nacional, um evento de lançamento do livro do Músico Jadir de Castro. Foi tudo muito lindo. Eu e Rosana estavamos muito bonitas e o principal cantamos lindamente, não é convencimento não, é conclusão dos elogios que recebemos. Todos gostaram da nossa sincronia e entrosamento.
Novas portas se abriram para nós e espero que desta vez tudo dê certo e nos traga muito sucesso. Não consegui colocar as fotos aqui porque meu cartão de memória deu problema, vou pegar as fotos com uma amiga que também fotografou. Na carreira de artista é assim, nosso coração pode estar em pedaços, mas na hora do compromisso temos que guardar tudo lá no fundinho e sorrir, mas isso não quer dizer que esquecemos do sofrimento de nossa amiga.
Tenho certeza que ela nem ia gostar de saber que estamos tristes, pois ela é super para cima.
Bejos para todos que torceram por nós.
Claudia

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A corrida dos sapinhos



Era uma vez uma corrida de sapinhos.
Eles tinham que subir uma grande torre e, atrás havia
uma multidão, muita gente que vibrava com eles.
Começou a competição. A multidão dizia:
Não vão conseguir, não vão conseguir!
Os sapinhos iam desistindo um a um, menos um deles que
continuava subindo.
E a multidão continuava a aclamar:
Vocês não vão conseguir, vocês não vão conseguir
E os sapinhos iam desistindo, menos um, que subia tranqüilo,
sem esforços.
Ao final da competição, todos os sapinhos desistiram,
menos aquele.
Todos queriam saber o que aconteceu, e quando foram
perguntar ao sapinho como ele conseguiu chegar até o fim,
descobriram que ele era SURDO.
Quando a gente quer fazer alguma coisa que precise
de coragem não se deve escutar as pessoas que falam
que você não vai conseguir.
Fonte:carlinha

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Chapeuzinho Vermelho - Irmãos Grimm e Braguinha



Era uma vez, numa pequena cidade às margens da floresta, uma menina de olhos negros e louros cabelos cacheados, tão graciosa quanto valiosa.
Um dia, com um retalho de tecido vermelho, sua mãe costurou para ela uma curta capa com capuz; ficou uma belezinha, combinando muito bem com os cabelos louros e os olhos negros da menina.
Daquele dia em diante, a menina não quis mais saber de vestir outra roupa, senão aquela e, com o tempo, os moradores da vila passaram a chamá-la de “Chapeuzinho Vermelho”.
Além da mãe, Chapeuzinho Vermelho não tinha outros parentes, a não ser uma avó bem velhinha, que nem conseguia mais sair de casa. Morava numa casinha, no interior da mata.
De vez em quando ia lá visitá-la com sua mãe, e sempre levavam alguns mantimentos.
Um dia, a mãe da menina preparou algumas broas das quais a avó gostava muito mas, quando acabou de assar os quitutes, estava tão cansada que não tinha mais ânimo para andar pela floresta e levá-las para a velhinha.
Então, chamou a filha:
— Chapeuzinho Vermelho, vá levar estas broinhas para a vovó, ela gostará muito. Disseram-me que há alguns dias ela não passa bem e, com certeza, não tem vontade de cozinhar.
— Vou agora mesmo, mamãe.
— Tome cuidado, não pare para conversar com ninguém e vá direitinho, sem desviar do caminho certo. Há muitos perigos na floresta!
— Tomarei cuidado, mamãe, não se preocupe. A mãe arrumou as broas em um cesto e colocou também um pote de geléia e um tablete de manteiga. A vovó gostava de comer as broinhas com manteiga fresquinha e geléia.
Chapeuzinho Vermelho pegou o cesto e foi embora. A mata era cerrada e escura. No meio das árvores somente se ouvia o chilrear de alguns pássaros e, ao longe, o ruído dos machados dos lenhadores.
A menina ia por uma trilha quando, de repente, apareceu-lhe na frente um lobo enorme, de pêlo escuro e olhos brilhantes.
Olhando para aquela linda menina, o lobo pensou que ela devia ser macia e saborosa. Queria mesmo devorá-la num bocado só. Mas não teve coragem, temendo os cortadores de lenha que poderiam ouvir os gritos da vítima. Por isso, decidiu usar de astúcia.
— Bom dia, linda menina — disse com voz doce.
— Bom dia — respondeu Chapeuzinho Vermelho.
— Qual é seu nome?
— Chapeuzinho Vermelho
. — Um nome bem certinho para você. Mas diga-me, Chapeuzinho Vermelho, onde está indo assim tão só?
— Vou visitar minha avó, que não está muito bem de saúde.
— Muito bem! E onde mora sua avó?
— Mais além, no interior da mata.
— Explique melhor, Chapeuzinho Vermelho.
— Numa casinha com as venezianas verdes, logo após o velho engenho de açúcar.
O lobo teve uma idéia e propôs:
— Gostaria de ir também visitar sua avó doente. Vamos fazer uma aposta, para ver quem chega primeiro. Eu irei por aquele atalho lá abaixo, e você poderá seguir por este. Chapeuzinho Vermelho aceitou a proposta.
— Um, dois, três, e já! — gritou o lobo.
Conhecendo a floresta tão bem quanto seu nariz, o lobo escolhera para ele o trajeto mais breve, e não demorou muito para alcançar a casinha da vovó.
Bateu à porta o mais delicadamente possível, com suas enormes patas.
— Quem é? — perguntou a avó.
O lobo fez uma vozinha doce, doce, para responder:
— Sou eu, sua netinha, vovó. Trago broas feitas em casa, um vidro de geléia e manteiga fresca.
A boa velhinha, que ainda estava deitada, respondeu:
— Puxe a tranca, e a porta se abrirá.
O lobo entrou, chegou ao meio do quarto com um só pulo e devorou a pobre vovozinha, antes que ela pudesse gritar.
Em seguida, fechou a porta. Enfiou-se embaixo das cobertas e ficou à espera de Chapeuzinho Vermelho. A essa altura, Chapeuzinho Vermelho já tinha esquecido do lobo e da aposta sobre quem chegaria primeiro. Ia andando devagar pelo atalho, parando aqui e acolá: ora era atraída por uma árvore carregada de pitangas, ora ficava observando o vôo de uma borboleta, ou ainda um ágil esquilo. Parou um pouco para colher um maço de flores do campo, encantou-se a observar uma procissão de formigas e correu atrás de uma joaninha.
Finalmente, chegou à casa da vovó e bateu de leve na porta.
— Quem está aí? — perguntou o lobo, esquecendo de disfarçar a voz.
Chapeuzinho Vermelho se espantou um pouco com a voz rouca, mas pensou que fosse porque a vovó ainda estava gripada.
— É Chapeuzinho Vermelho, sua netinha. Estou trazendo broinhas, um pote de geléia e manteiga bem fresquinha!
Mas aí o lobo se lembrou de afinar a voz cavernosa antes de responder:
— Puxe o trinco, e a porta se abrirá.
— Chapeuzinho Vermelho puxou o trinco e abriu a porta.
O lobo estava escondido, embaixo das cobertas, só deixando aparecer a touca que a vovó usava para dormir.
Coloque as broinhas, a geléia e a manteiga no armário, minha querida netinha, e venha aqui até a minha cama. Tenho muito frio, e você me ajudará a me aquecer um pouquinho.
Chapeuzinho Vermelho obedeceu e se enfiou embaixo das cobertas. Mas estranhou o aspecto da avó. Antes de tudo, estava muito peluda! Seria efeito da doença? E foi reparando:
— Oh, vovozinha, que braços longos você tem!
— São para abraçá-la melhor, minha querida menina!
— Oh, vovozinha, que olhos grandes você tem!
— São para enxergar também no escuro, minha menina!
— Oh, vovozinha, que orelhas compridas você tem!
— São para ouvir tudo, queridinha!
— Oh, vovozinha, que boca enorme você tem!
— É para engolir você melhor!!!
Assim dizendo, o lobo mau deu um pulo e, num movimento só, comeu a pobre Chapeuzinho Vermelho.
— Agora estou realmente satisfeito — resmungou o lobo. Estou até com vontade de tirar uma soneca, antes de retomar meu caminho.
Voltou a se enfiar embaixo das cobertas, bem quentinho. Fechou os olhos e, depois de alguns minutos, já roncava. E como roncava! Uma britadeira teria feito menos barulho.
Algumas horas mais tarde, um caçador passou em frente à casa da vovó, ouviu o barulho e pensou: “Olha só como a velhinha ronca! Estará passando mal!? Vou dar uma espiada.”
Abriu a porta, chegou perto da cama e… quem ele viu?
O lobo, que dormia como uma pedra, com uma enorme barriga parecendo um grande balão!
O caçador ficou bem satisfeito. Há muito tempo estava procurando esse lobo, que já matara muitas ovelhas e cabritinhos.
— Afinal você está aqui, velho malandro! Sua carreira terminou. Já vai ver!
Enfiou os cartuchos na espingarda e estava pronto para31 atirar, mas então lhe pareceu que a barriga do lobo estava se mexendo e pensou: “Aposto que este danado comeu a vovó, sem nem ter o trabalho de mastigá-la! Se foi isso, talvez eu ainda possa ajudar!”.
Guardou a espingarda, pegou a tesoura e, bem devagar, bem de leve, começou a cortar a barriga do lobo ainda adormecido.
Na primeira tesourada, apareceu um pedaço de pano vermelho, na segunda, uma cabecinha loura, na terceira, Chapeuzinho Vermelho pulou fora.
— Obrigada, senhor caçador, agradeço muito por ter me libertado. Estava tão apertado lá dentro, e tão escuro… Faça outro pequeno corte, por favor, assim poderá libertar minha avó, que o lobo comeu antes de mim.
O caçador recomeçou seu trabalho com a tesoura, e da barriga do lobo saiu também a vovó, um pouco estonteada, meio sufocada, mas viva.
— E agora? — perguntou o caçador. — Temos de castigar esse bicho como ele merece!
Chapeuzinho Vermelho foi correndo até a beira do córrego e apanhou uma grande quantidade de pedras redondas e lisas. Entregou-as ao caçador que arrumou tudo bem direitinho, dentro da barriga do lobo, antes de costurar os cortes que havia feito.
Em seguida, os três saíram da casa, se esconderam entre as árvores e aguardaram.
Mais tarde, o lobo acordou com um peso estranho no estômago. Teria sido indigesta a vovó? Pulou da cama e foi beber água no córrego, mas as pedras pesavam tanto que, quando se abaixou, ele caiu na água e ficou preso no fundo do córrego.
O caçador foi embora contente e a vovó comeu com gosto as broinhas. Chapeuzinho Vermelho prometeu a si mesma nunca mais esquecer os conselhos da mamãe: “Não pare para conversar com ninguém, e vá em frente pelo seu — caminho”.
Fonte
Alfabetização : livro do aluno / Ana Rosa Abreu ... [et al.] Brasília : FUNDESCOLA/SEF-MEC, 2000. 3 v. : 128 p. n. 2.
Conteúdo: v.1: Adivinhas, canções, cantigas, parlendas, poemas, quadrinhas e trava-línguas; v.2: contos, fábula, lendas e mitos; v.3: textos informativos, textos instrucionais e biografias. 1. Alfabetização. 2. Ensino fundamental. 3. Escola pública. I. Abreu, Ana Rosa II. Aratangy, Claudia Rosenberg III. Mingues, Eliane IV. Dias, Marilia Costa V. Durante, Marta VI. Weisz, Telma VII. FUNDESCOLA VIII. MEC-SEF. CDD 379.24
Alfabetização: Livro do aluno
Volume 2
© 2000 Projeto Nordeste/Fundescola/Secretaria de Ensino Fundamental Qualquer parte desta obra poderá ser reproduzida desde que citada a fonte.

Curiosidades
Para quem não sabe os Irmãos Grimm chamavam-se Jacob e Wilhelm Grimm, nasceram na Alemanha em 1785 e 1786. Eles eram estudiosos do Folclore alemão, da língua Alemã , da mitologia e Direito. Escreveram seus famosos contos graças a uma extensa pesquisa dos contos que faziam parte do folclore do povo alemão. Eles adaptaram contos do folclore alemão, até então direcionados para adultos, para as crianças. Em 1812 publicaram Contos da Criança e do Lar, contendo uma coletânea de 51 contos infantis, resultado do talento e da pesquisa de ambos. A partir de então tornaram-se conhecidos vários personagens e histórias. A nossa imaginação agradece aos Irmãos Grimm !!!

Aquelas famosas músicas, que nós já ouvimos muitas e muitas vezes, tanto da Chapeuzinho Vermelho como de outras histórias infantis foram feitas pelo João de Barro (o Braguinha).Para conhecer mais a obra deste grande autor brasileiro acesse:
http://www.braguinha.ag.com.br/
Você também pode adquirir cds do autor procurando nas lojas pela coleção Disquinho. Esta coleção traz histórias infantis musicadas pelo Braguinha, são 50 títulos.
Texto retirado de: http://www.qdivertido.com.br/verconto.php?codigo=1


Pela Estrada (Braguinha)
Pela estrada a fora, eu vou bem sozinha
Levar esses doces para a vovozinha
Ela mora longe, o caminho é deserto
E o lobo mau passeia aqui por perto
Mas à tardinha, ao sol poente
Junto à mamãezinha dormirei contente

Lobo Mau (Braguinha)
Eu sou o lobo mau,
Lobo mau, lobo mau
Eu pego as criancinhas
Pra fazer mingau!

Hoje estou contente,
Vai haver festança
Tenho um bom petisco
Para encher a minha pança



quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Macaquinho - Bia Bedran

Os Reis Magos

História dos três reis magos
Os três reis magos (Melquior, Baltazar e Gaspar) são personagens bíblicos. Segundo o apóstolo Mateus, eles vieram do Oriente, conduzidos por uma linda e brilhante estrela. Chegaram na cidade de Belém, local de nascimento do menino Jesus, trazendo presentes (mirra, ouro e incenso). Estes presentes possuíam um sentido simbólico. O ouro representava a realeza, a mirra (resina antiséptica) simbolizava a pureza, enquanto o incenso simbolizava a fé.No contexto bíblico, a palavra “mago” não significa bruxo ou feiticeiro, mas sim assume o sentido de sacerdote ou sábio. Eles possuíam poderes e dons divinos.No Brasil, na América Latina e em diversos países da Europa, o dia dos Reis Magos é comemorado todo 6 de janeiro. No Brasil, inclusive, várias festas do nosso folclore são realizadas no interior do país. Nos reisados, por exemplo, grupos de pessoas passam de casa em casa pedindo presentes e cantando músicas típicas. Esta festa foi trazida pelos colonizadores portugueses e espanhóis para o continente americano.
Curiosidade:
A estrela que colocamos no topo das árvores de Natal representa a estrela que conduziu os reis magos para a cidade onde nasceu o menino Jesus.
Fonte : www.suapesquisa.com/pesquisa/reis_magos.htm

Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal

Armando Gimenez
Das figuras bíblicas mais intimamente ligadas à tradição religiosa do povo destacam-se os Reis Magos, ou melhor, os Santos Reis uma vez que a hagiologia romana considera-os bem aventurados.
O simbolismo dos Reis Magos é amplo e emprestam-lhes os exegetas as mais diversas interpretações. Estão ligados intimamente às festas do Natal e deles nasceu, praticamente, a tradição do Papai Noel, pois os presentes dados nessa ocasião reproduzem que os magos do Oriente, depois de cumprida a rota que lhes indicava a estrela de Belém, prestaram a Jesus na gruta onde ele nascera.
As referências bíblicas são vagas e o episódio quase passa despercebido dos evangelistas, mas as contribuições da tradição patriática são muitas e, como elas têm força de fé e verdade, nelas devemos buscar grande parte das coisas que se contam dos santos Belchior, Gaspar e Baltazar já referidos pelos profetas do Velho Testamento, que vaticinavam a homenagem dos Reis ao humilde filho de Davi que deveria nascer em Belém.
De onde vieram e o que buscavam, pouca gente sabe. Vinham do Oriente e Baltazar, o mago negro talvez viesse de Sabá (terra misteriosa que seria o sul da Península Arábica ou, como querem os etíopes, a Abissínia). Simbolizam também as três unicas raças bíblicas, isso é, os semitas, jafetitas e camitas. Uma homenagem, pois, de todos os homens da Terra ao Rei dos Reis.
Eram magos, isto é, astrólogos e não feiticeiros. Naquele tempo a palavra mago tinha esse sentido, confundindo-se também com os termos sábio e filósofo. Eles prescrutavam o firmamento e sentiram-se chocados com a presença de um novo astro e, cada um deles, deixando suas terras depois de consultar seus pergaminhos e papiros cheios de palavras mágicas e fórmulas secretas, teve a revelação de que havia nascido o novo Rei de Judá e, que ele, como soberano, deveria, também, prestar seu preito ao menino que seria o monarca de todos os povos, embora o seu Reino não fosse deste mundo.
O simbolismo dos presentes
Conta ainda a tradição que, ao chegar a Canaã, indagaram os Magos onde havia nascido o novo Rei de Judá. Essa pergunta preocupou Herodes, que hoje seria considerado um quisting a serviço dos romanos, e que reinava na Judéia.
Os representantes do Império preocupavam-se com o aparecimento de um novo lider do povo de Israel. A revolta dos macabeus ainda não fora esquecida e o povo oprimido esperava, ansioso, pela vinda do Messias que iria libertar o Povo de Deus e cumprir a palavra do salmista: "Disse o Senhor ao meu Senhor — senta-te à minha direita até que ponho os teus amigos como escarbelo aos teus pés".
Os magos procuram — conforme conselho de Herodes — o novo Rei para render-lhe homenagem e para informar o representante romano do lugar onde nascera o Messias a fim de, com falso preito, sequestrá-lo.
No presépio encontramos apenas os animais e os pastores e, inspirados pelo Espírito Santo, curvaram-se diante do filho do carpinteiro de Nazaré e depositaram, ao pé da mangedoura que lhe servia de berço, os presentes: ouro, incenso e mirra, isto é prendas que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade do novo Rei, e grão de areia que cresceria e derrubaria o ídolo de pés de barro (simbolo das grandes potências que se sucederam no domínio do mundo), do sonho de Nabucodonosor decifrado pelo profeta Daniel.
Símbolos da humildade
Na tradição cristã os três Reis Magos simbolizavam os poderosos que deveriam curvar-se diante dos humildes na repetição real do canto da Virgem Maria à sua prima Isabel, e "Magnificat", pois sua alma rejubilava-se no Senhor, que exaltaria os pequenos de Israel e humilharia os poderosos.
A igreja cultua os Reis Magos dentro desse simbolismo. Representam os tronos, os potentados, os senhores da Terra que se curvara diante de Cristo, reconhecendo-lhe a divina realeza. É a busca dos poderosos que vêem em Belchior, Gaspar e Baltazar o exemplo de submissão aos designios de Deus e que devem, como os magos, despojar-se de seus bens e depositá-los aos pés dos demais seres humanos, partilhando sua fortuna como dignos despenseiros de Deus.
Os presentes de Natal também têm esse sentido. São as ofertas dos adultos à criança que com a sua pureza representa Jesus. Alguns, dão a essas festas um sentido mitológico pagão, buscando nas cerimônias dos druidas, dos germânicos ou saturnais romanas a pompa das festas natalinas que culminam com a Epifania

A Bifana

A palavra epifania, usada também como nome de mulher, deu origem a uma corruptela dialetal do sul da Itália, levada depois a Portugal e Espanha, a Bifana. A Bifana, segundo a lenda, era uma velha que, no dia de Reis, saía pelas ruas da cidades a entregar presentes aos meninos que tivessem sido bons durante o ano que findara. Estava intimamente ligada às tradições dos povos mediterrâneos e mais próxima do significado litúrgico das festas natalícias. Os presentes eram somente dados no dia 6 de janeiro e nunca antes. Tanto assim é, que nós mesmos, no Brasil, na nossa infância, recebíamos os presentes nesse dia. Depois, com a influência francesa e inglesa em nossas tradições a Epifania ou Bifana foi substituída pelo Papai Noel, a quem muitos estudiosos atribuem uma origem pagã e outros, para disfarçar o sentido comercial da sua presença no dia de Natal, confundem com São Nicolau.
Hoje, o Santos Reis já não são lembrados. O presépio praticamente não existe e só neles é que podemos ver os Magos de Oriente apresentados. A árvore de Natal, pinheiro que os druidas e os feutos enfeitavam para agradar o terrível deus do inverno Hell, substituíria a representação do nascimento de Jesus, introduzida no costume dos povos por São Francisco de Assis. A festa da Epifania, dia de guarda no calendário litúrgico, já não mais é respeitada e com ela desaparecerem outras tradições da nossa gente, trazidas da Peninsula Ibérica pelos nossos antepassados, como a folia de Reis, Reizados e tantos outros autos folclóricos, cultuados em poucas regiões do país.

Gimenez, Armando. "Reis Magos, santos esquecidos dentro das tradições do Natal". Diário de São Paulo, São Paulo, 5 de janeiro 1958
Fonte http://www.jangadabrasil.com.br/revista/dezembro61/especial18.asp

Um Poema para lerem aos vossos meninos, sobre os Reis Magos:
Dia de Reis


Vieram os três Reis Magos
Das suas terras distantes
Guiados por uma estrela,
Cujos raios cintilantes
Os levaram ao Deus Menino
Que, a sorrir de bondade,
Recebeu os seus presentes
E os acolheu com amizade.
Fonte http://educacaodeinfancia.com/
História Infantil dos Reis Magos

Num país distante viviam três homens sábios que estudavam as estrelas e o céu. Um dia viram uma nova estrela muito mais brilhante que as restantes, e souberam que algo especial tinha acontecido.Perceberam que nascera um novo rei e foram até ele.
Os três reis magos, Gaspar, Melchior e Baltazar, levavam presentes, e seguiam a estrela que os guiava até que chegaram à cidade de Jerusalém. Aí perguntaram pelo Rei dos Judeus, pois tinham visto a estrela no céu.Quando o rei Herodes soube que estrangeiros procuravam a criança, ficou zangado e com medo. Os romanos tinham-no feito rei a ele, e agora diziam-lhe que outro rei, mais poderoso, tinha nascido?
Então, Herodes reuniu-se com os três reis magos e pediu-lhe para lhe dizerem quando encontrassem essa criança, para ele também a ir adorar.
Os reis magos concordaram e partiram, seguindo de novo a estrela, até que ela parou e eles souberam que o Rei estava ali.
Ao verem Jesus, ajoelharam e ofereceram-lhe o que tinham trazido: ouro, incenso e mirra. A seguir partiram.À noite, quando pararam para dormir, os três reis magos tiveram um sonho. Apareceu-lhe um anjo que os avisou que o rei Herodes planeava matar Jesus.De manhã, carregaram os camelos e já não foram até Jerusalém: regressaram à sua terra por outro caminho.
José também teve um sonho. Um anjo disse-lhe que Jesus corria perigo e que ele devia levar Maria e a criança para o Egipto, onde estariam em segurança. José acordou Maria, prepararam tudo e partiram ainda de noite.
Quando Herodes soube que fora enganado pelos reis magos, ficou furioso. Tinha medo que este novo rei lhe tomasse o trono. Então, ordenou aos soldados para irem a Belém e matarem todos os meninos com menos de dois anos. Eles assim fizeram.
As pessoas não gostavam de Herodes, e ficaram a odiá-lo ainda mais.
Maria e José chegaram bem ao Egipto, onde viveram sem problemas.Então, tempos depois, José teve outro sonho: um anjo disse-lhe que Herodes morrera e que agora era altura de regressar com a família a Nazaré à sua casa.
Depois da longa viagem de regresso, eles chegaram enfim ao seu larFonte http://educacaodeinfancia.com/historia-infantil-dos-reis-magos/

Dia de Reis e da Epifania do Senhor

O "Dia de Reis" é uma das festas tradicionais mais singelas celebrada em todo o mundo católico. Neste dia se comemora a visita de um grupo de reis magos (Mt 2 1 -12), vindos do Oriente, para adorar a "Epifania do Senhor". Ou seja, o nascimento de Jesus, o Filho por Deus enviado, para a salvação da humanidade.
O termo "mago" vem do antigo idioma persa e serviu para indicar o país de suas origens: a Pérsia. Eram reis, porque é um dos sinônimos daquela palavra, também usada para nomear os sábios discípulos de uma seita que cultuava um só Deus. Portanto, não eram astrólogos nem bruxos, ao contrário, eram inimigos destas enganosas artes mágicas e misteriosas. Esses soberanos corretos, esperavam pelo Salvador, expectativa já presente mesmo entre os pagãos. Deus os recompensou pela retidão com a maravilhosa estrela, reconhecida pela sabedoria de suas mentes como o sinal a ser seguido, para orientação dos seus passos até onde se achava o Menino Deus. Foram eles que mostraram ao mundo o cumprimento da profecia de séculos, chegando no palácio do rei Herodes, de surpresa e perguntando "pelo Messias, o recém-nascido rei dos judeus". Nesta época aquele tirano reprimia a população pelo medo, com ira sanguinária. Mas os magos não o temeram, prosseguiram sua busca e encontraram o Menino Deus. A Bíblia diz que os magos chegaram à casa e viram o Menino com sua Mãe. Isto porque José já tinha providenciado uma moradia muito pobre, mas mais apropriada, do que a gruta de Belém onde Jesus nascera. Alí, os reis magos, depois de adorar o Messias, entregaram os presentes: ouro, incenso e mirra. O ouro, significa a realeza de Jesus; o incenso, sua essência divina e a mirra, sua essência humana. Prestada a homenagem, voltaram para suas nações, evitando novo contato com Herodes, como lhes indicou o anjo do Senhor. A tradição dos primeiros séculos, seguindo a verdade da fé, evidenciou que eram três os reis magos: Melquior, Gaspar e Baltazar. Até o ano 474 seus restos estiveram sepultados em Constantinopla, a capital cristã mais importante do Oriente, depois foram trasladados para a catedral de Milão, na Itália. Em 1164 foram transferidas para a cidade de Colônia, na Alemanha, onde foi erguida a belíssima Catedral dos Reis Magos, que os guarda até hoje. No século XII, com muita inspiração, São Beda, venerável doutor da Igreja, guiado por uma inspiração, descreveu o rosto dos três reis magos, assim: "O primeiro, diz, foi Melquior, velho, circunspecto, de barba e cabelos longos e grisalhos... O segundo tinha por nome Gaspar e era jovem, imberbe e louro... O terceiro, preto e totalmente barbado chamava-se Baltazar (cfr. "A Palavra de Cristo", IX, p. 195)". Deus revelou seu Filho ao mundo e ordenou que o acatassem e seguissem. Os reis magos fizeram isto com toda humildade, gesto que simboliza o reconhecimento do mundo pagão desta Verdade. Isso é o mais importante a ser festejado nesta data. A revelação, isto é, a Epifania, que confirma a divindade do Santo Filho de Deus feito homem, que no futuro sacrificaria a própria vida em nome da salvação de todos nós.
http://www.portalangels.com/santo_do_dia/6janeiro.htm
Folia de Reis – 6 de janeiro
Publicado em 27/04/2009 por Redação, nas categorias Almanaque Brasil Cultura.

De origem européia, festa também é tradicional no Brasil.




O folclore é a expressão máxima do sentir, do pensar, do agir de uma sociedade e de um povo.Grupos de seres humanos recebem constantemente as mais variadas informações e influências de seus ancestrais e de imigrantes que, fixando-se em um determinado local, traz consigo uma bagagem enorme de lendas, tradições, usos e costumes de um povo.Nosso país é povoado por inúmeros grupos humanos que trouxeram de diversas partes do globo, características específicas das regiões onde povoaram.
O dia 6 de janeiro é o Dia dos Três Reis Magos, ou da Folia de Reis. Diz a tradição que, quando os três Reis Magos, Gaspar, Melchior (ou Belchior) e Baltazar, viram a Estrela de Belém no céu, foram ao encontro de Jesus, que havia nascido. Ofereceram ao menino Jesus, como presente, ouro, incenso e mirra, que simbolizavam a realeza, a divindade e a imortalidade. Segundo a tradição, um era negro, o outro branco e o terceiro moreno, representando toda a humanidade. Muitos países celebram a data, e a Folia de Reis é comemorada de modo particular em cada região do Brasil.
Em alguns países europeus, a Festa de Reis é celebrada com mais solenidade que o Natal e os presentes são dados no dia 6 de janeiro. Nessa data, os magos são colocados no presépio e o menino Jesus na manjedoura é trocado por um maior, que fica no colo da Virgem Maria.
Na Espanha, a data é chamada de Festa de Reis. Na Itália, festa da “Befana” (uma velha bruxa que dá presente para as crianças). No dia de Reis é costume desfazer as decorações natalinas, guardar os enfeites e desmontar os presépios.

Festa de Reis no Brasil




No Brasil, principalmente no interior, acontecem os chamados Reisados ou Folias de Reis, festas folclóricas que receberam a influência das origens européias da celebração, mas que adotaram formas e expressões locais na música, na dança e nas orações, dependendo da região do país.
Uma das festas culturais mais ricas do folclore brasileiro, acontece entre primeiro e seis de janeiro, quando as chamadas “companhias” vão de casa em casa cantar os seus versos acompanhados de violas, violões, sanfonas, pandeiros, triângulos, caixas e instrumentos de corda. Alguns vestem fardas e máscaras. O restante dos componentes usa uniforme, geralmente calças e camisas sociais.
De porta em porta
O embaixador da companhia é responsável pela organização geral e pela bandeira. É ele quem cria, como um repentista, os versos principais, de acordo com a profecia, ou seja, de acordo com as passagens da viagem dos três reis magos até Belém, a história de Maria e São José e o nascimento do menino Jesus. As companhias vão de porta em porta durante os seis dias de festa. Segundo a tradição, os versos só podem ser cantados na casa da pessoa, que deve ter uma imagem do menino Jesus na manjedoura ou um presépio.
Aqueles que recebem a visita do Reisado em suas casas (representando a visita dos Reis Magos a
Jesus) devem oferecer alguma comida a seus integrantes, que agradecem ao hospedeiro e seguem para o próximo destino. No dia de Reis, 6 de janeiro, a bandeira retorna à casa do embaixador

http://www.brasilcultura.com.br/almanaque-brasil-cultura/folia-de-reis-%E2%80%93-6-de-janeiro/

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Orkutei.com.br

domingo, 3 de janeiro de 2010

A mulher do pescador



Irmãos Grim, Jacob(1785-1863)e Wilhelm(1786-1859)


Era uma vez um pescador muito pobre que morava com sua mulher numa cabana, na praia. Todos os dias ele ia pescar em alto-mar, com vara e anzol.
Um dia ele pegou um linguado enorme. “Não me mate”, o linguado pediu. “Na verdade eu sou um príncipe que uma bruxa transformou em peixe. Jogue-me no mar, por favor!”
Quando o pescador chegou em casa, de mãos abanando, contou para a mulher o que tinha acontecido. “E você não pediu nada para esse linguado?”, a mulher perguntou. “Volte lá, seu bobalhão, e peça uma casa.” O pescador saiu para o mar e chamou:
“Linguado, linguado, venha aqui, por favor”, e no mesmo instante o peixe mágico apareceu.
“Desculpe, mas minha mulher quer uma casa nova, já que lhe poupei a vida”, o pescador falou. ”Tudo bem”, disse o peixe. O pescador voltou para a praia e encontrou sua mulher instalada numa linda casinha.
Mas a mulher não estava satisfeita. “Volte lá e peça um castelo”, ordenou. E lá se foi o pescador chamar de novo o linguado.
Quando voltou para casa, o pescador encontrou um castelo com torres e ponte levadiça.
“Agora melhorou!”, a mulher falou.
Mas não demorou muito para ela mandar o marido chamar o linguado outra vez. Agora ela queria ser rei, e, à noite, quando voltou para casa, o pescador encontrou um palácio real.
Depois ela quis ser imperador. Nesse dia, quando voltou para casa, o pescador quase não conseguiu encontrar a mulher no imenso palácio imperial.
“Agora você está contente, não está?”, o pescador perguntou. A mulher pensou um pouco e respondeu: “Não. Agora eu quero ser Deus”.
O pescador ficou estarrecido, mas foi procurar o linguado. “ela quer ser Deus”, ele murmurou. “Pois sim”, disse o peixe. E nesse dia, quando voltou para casa chorando diante da velha cabana!
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O que significa trabalho em equipe?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao curral da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi então até o porco e lhe disse:
- Senhor Porco, há uma ratoeira na casa, uma ratoeira...
O porco disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca.
A vaca lhe disse:
- O que Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não Senhora Vaca... Respondeu o rato.
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro sozinho.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa.
E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital era grave, porém por um milagre se recuperou e voltou para casa, mas com muitos cuidados.
Saúde abalada nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os parentes, amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher se recuperou e o fazendeiro feliz da vida resolveu dar uma festa, matou a vaca para o churrasco...
MORAL DA HISTÓRIA:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando existir uma ratoeira todos correm risco.
(Fonte: catequistasheila)