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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Minhas montagens

montagem de fotos

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quarta-feira, 28 de outubro de 2009

UMA HISTÓRIA DE BRUXA.


Era uma vez, em uma vila de humanos nasceu em uma família de agricultores dois meninos que nasceram quase na mesma hora o que nasceu primeiro recebeu o nome de Primo e o que nasceu depois foi chamado de Segundo.

Ambos cresceram amados por seus pais, Primo era o mais velho dos gêmeos , tinha vocação para curar, sabia todas as plantas que curavam e se interessava em visitar os doentes da vila com sua mãe que era muito bondosa, já segundo era traquina e tinha inveja do irmão, que o perdoava.

Segundo com o passar do tempo começou a evitar ficar com seu irmão e começou a freqüentar a casa da bruxa da floresta negra, que ensinou a fazer poções venenosas e a gostar de matar o animais para fazer as poções.

letras com trevo

Os animais fugiam da presença de Segundo assim que o viam, pois ele os prendia e matava sem piedade. Já primeiro todos os animais viam lamber-lhe as mãos e eram muito mansos com ele.

Primo procurava pelo irmão todos os dias e o chamava na floresta, mas nunca imaginava que ele estava morando com a bruxa ,e os dias foram se passando e ele procurava em todos os lugares por seu irmão, e os pais também o ajudavam.

Chegou na Vila dos Humanos , um homem vestido de branco e usando sandálias nos pés , todos ficaram curiosos com o forasteiro, ele procurou da mãe de Primo pois se encontrava com o braço machucado, porque foi soltar um coelho a escapar de uma das armadilhas que Segundo havia distribuído pela floresta.
Quando ele viu Primo ficou encantado com suas maneiras gentis, e disse :-você quer aprender magia branca ?

Primo disse :- sim quero aprender.


Primo aprendeu a fazer todos os tipos de magia, uma delas a que mais ele fazia era desfazer as que a bruxa da floresta negra havia feito, ela gostava de fazer os coelhos virarem sapos gigantes, que morriam de fome por não terem tanto mosquito para ele comerem,a bruxa era muito malvada.


Mas o que Primo demorou para desfazer foi um feitiço que a bruxa lançou para a pobre Beatriz camponesa da humilde que induzia a um sono profundo.Com a ajuda do Mago Branco Primo desfez o feitiço e se casou com a camponesa, que o amava muito, e o ajudava em sua obra contra a bruxa , mas Primo nem o Mago Branco , sabiam que Segundo era um aliado da malvada.


O encontro dos dois irmãos foi surpreendente,em uma noite de lua cheia segundo veio na casa da camponesa para refazer o feitiço, não a encontrou mais no local e saiu voando na vassoura que a bruxa o havia presenteado, e saiu as catas da camponesa esperando encontrar uma pobre e indefesa vitima, mas tal foi sua surpresa em ver que ela estava dormindo ao lado de seus irmão, ele observou a aliança nas mãos de ambos, ficou com um ódio profundo de Primo e lançou um feitiço cruel em que ambos se odiariam para sempre e a discórdia , fulminasse o lar e os corações de ambos e que a infelicidade fosse servida como o prato mais apetitoso do dia.


Então o coração de Primo e o coração de Beatriz começaram a brilhar, uma luz branca fosforescente começou a se irradiar por todo o quarto e Segundo fugiu em sua vassoura assustado.Contou para a bruxa o acontecido, ela disse que o amor de seu irmão por Beatriz e esta por ele impediam o feitiço de ser concretizado.Então a bruxa lançou na vila o feitiço das ratazanas, que começaram a devastar o alimento da Vila dos Humanos, e comiam tudo a sua frente e ate a madeira das casas elas comiam, muitos ficaram sem um teto para se abrigar ,porque as ratazanas comiam tudo.


O povo chorava em desespero então o Mago branco e Primo conseguiram fazer um encantamento para espantar as malditas que foram devorar a casa da bruxa e a deixaram sem casa.A bruxa pela primeira vez chorou e rogou uma praga na vila que nenhum pé de batata nasceria mais e nenhum agricultor iria sentir o gosto saboroso das batatas em sua mesa por sete anos.O povo trabalhava muito e gostava da terra e ficaram muito tristes por causa das colheitas que não vingavam, o Mago Branco havia saído da Vila e estava viajando, durante dois anos o povo passou fome.


Quando o Mago Branco chegou a Vila encontrou muitos bem magros, pensou que uma doença os estava afetando, quando descobriu que a bruxa havia feito um feitiço maligno ele pegou 3 batatas banhou em uma poção e a plantou e está resistiu a praga , o povo ficou contente e começaram a plantar as sementes que o Mago Branco havia trazido e em pouco tempo a Vila se tornou muito prospera e o povo feliz comemorava.


E Segundo soube , ficou com tanta raiva do irmão que resolveu matá-lo, a bruxa concordou imediatamente preparando uma poção de veneno, e a ainda se transformou em uma linda moça, e foram a Vila , mesmo com todas as maldades de Segundo ,Primo o havia perdoado, e quando ele eles estavam reunidos em volta da mesa farta , Segundo propôs um brinde com o vinho que ele havia trazido, mas o Mago Branco e Beatriz desconfiaram, da mudança repentina de comportamento de Segundo , e ficaram atentos aos movimentos deste,quando ele colocava a poção de veneno no copo de Primo, Beatriz trocou os copos imediatamente fingindo que um estava com uma pequena formiga e tirou para limpa-lo e como sua manga de seu vestido era bem grande , ela trocou os copos imperceptivelmente, antes, de pegar o seu e brindou com o cunhado com tranqüilidade.Mas sabe quem pegou o copo com veneno?


A bruxa que em poucos minutos morreu com a poção que ela mesmo havia preparado, Segundo chorou sua morte, e depois que a enterraram ele foi morar em um reino distante, dizem que Segundo se arrependeu verdadeiramente de suas maldades, e que com o passar do tempo ele se tornou um homem bom, que em vez de maltratar os animais ele os protegia.Outros ainda diziam que com o passar do tempo Segundo começou a ver que ele era humano e que os animais da floresta amavam o irmão porque ele era bom , e na solidão de seus pensamentos e na floresta, começou a refletir sobre suas ações, e sem a malvada bruxa para o aconselhá-lo a fazer maldades ele modificou seu comportamento se tornando bonzinho.


Outros viam de vez em quando um velhinho gentil, andando pela floresta soltando animais presos por homens malvados e que desaparecia sem deixar vestígios.E Segundo se tornou uma lenda contada pelos filhos de Primeiro.Fonte: escrevendo para meu grande amor
Publicado no Recanto das Letras em 10/12/2007Código do texto: T772191
( http://recantodasletras.uol.com.br/infantil/772191 )

animações e imagens

Halloween


Halloween - Dia das Bruxas


História do Dia das Bruxas, tradições e símbolos do halloween, tradições, origem da festa, significados, Halloween no Brasil, comemoração, dia 31 de outubro.


Símbolos dos Halloween

Introdução


O Halloween é uma festa comemorativa celebrada todo ano no dia 31 de outubro, véspera do dia de Todos os Santos. Ela é realizada em grande parte dos países ocidentais, porém é mais representativa nos Estados Unidos. Neste país, levada pelos imigrantes irlandeses, ela chegou em meados do século XIX.
História do Dia das BruxasA história desta data comemorativa tem mais de 2500 anos. Surgiu entre o povo celta, que acreditavam que no último dia do verão (31 de outubro), os espíritos saiam dos cemitérios para tomar posse dos corpos dos vivos. Para assustar estes fantasmas, os celtas colocavam, nas casas, objetos assustadores como, por exemplo, caveiras, ossos decorados, abóboras enfeitadas entre outros.Por ser uma festa pagã foi condenada na Europa durante a Idade Média, quando passou a ser chamada de Dia das Bruxas. Aqueles que comemoravam esta data eram perseguidos e condenados à fogueira pela Inquisição.Com o objetivo de diminuir as influências pagãs na Europa Medieval, a Igreja cristianizou a festa, criando o Dia de Finados (2 de novembro).Símbolos e TradiçõesEsta festa, por estar relacionada em sua origem à morte, resgata elementos e figuras assustadoras. São símbolos comuns desta festa: fantasmas, bruxas, zumbis, caveiras, monstros, gatos negros e até personagens como Drácula e Frankestein.As crianças também participam desta festa. Com a ajuda dos pais, usam fantasias assustadoras e partem de porta em porta na vizinhança, onde soltam a frase “doçura ou travessura”. Felizes, terminam a noite do 31 de outubro, com sacos cheios de guloseimas, balas, chocolates e doces.Halloween no BrasilNo Brasil a comemoração desta data é recente. Chegou ao nosso país através da grande influência da cultura americana, principalmente vinda pela televisão. Os cursos de língua inglesa também colaboram para a propagação da festa em território nacional, pois valorização e comemoram esta data com seus alunos: uma forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.Muitos brasileiros defendem que a data nada tem a ver com nossa cultura e, portanto, deveria ser deixada de lado. Argumentam que o Brasil tem um rico folclore que deveria ser mais valorizado.Para tanto, foi criado pelo governo, em 2005, o Dia do Saci (comemorado também em 31 de outubro).
Fonte: ( http://www.suapesquisa.com/datascomemorativas/halloween.htm)


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sábado, 17 de outubro de 2009

A Princesa e a Ervilha ( Adaptado do conto de Hans Christian Andersen )

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Era uma vez um príncipe que queria se casarcom uma princesa, mas uma princesa de verdade, de sangue real meeeeesmo. Viajou pelo mundo inteiro, à procura da princesa dos seus sonhos, mas todas as que encontrava tinham algum defeito. Não é que faltassem princesas, não: havia de sobra, mas a dificuldade era saber se realmente eram de sangue real. E o príncipe retornou ao seu castelo, muito triste e desiludido, pois queria muito casar com uma princesa de verdade. Uma noite desabou uma tempestade medonha. Chovia desabaladamente, com trovoadas, raios, relâmpagos. Um espetáculo tremendo! De repente bateram à porta do castelo, e o rei em pessoa foi atender, pois os criados estavam ocupados enxugando as salas cujas janelas foram abertas pela tempestade. Era uma moça, que dizia ser uma princesa. Mas estava encharcada de tal maneira, os cabelos escorrendo, as roupas grudadas ao corpo, os sapatos quase desmanchando... que era difícil acreditar que fosse realmente uma princesa real. A moça tanto afirmou que era uma princesa que a rainha pensou numa forma de provar se o que ela dizia era verdade. Ordenou que sua criada de confiança empilhasse vinte colchões no quarto de hóspedes e colocou sob eles uma ervilha. Aquela seria a cama da “princesa”. A moça estranhou a altura da cama, mas conseguiu, com a ajuda de uma escada, se deitar. No dia seguinte, a rainha perguntou como ela havia dormido. — Oh! Não consegui dormir — respondeu a moça, — havia algo duro na minha cama, e me deixou até manchas roxas no corpo! O rei, a rainha e o príncipe se olharam com surpresa. A moça era realmente uma princesa! Só mesmo uma princesa verdadeira teria pele tão sensível para sentir um grão de ervilha sob vinte colchões!!! O príncipe casou com a princesa, feliz da vida, e a ervilha foi enviada para um museu, e ainda deve estar por lá...

Curupira




Quem é o curupira ?

O folclore brasileiro é rico em personagens lendários e o curupira é um dos principais. De acordo com a lenda, contada principalmente no interior do Brasil, o curupira habita as matas brasileiras. De estatura baixa, possui cabelos avermelhados (cor de fogo) e seus pés são voltados para trás.
A função do curupira é proteger as árvores, plantas e animais das florestas. Seus alvos principais são os caçadores, lenhadores e pessoas que destroem as matas de forma predatória.
Para assustar os caçadores e lenhadores, o curupira emite sons e assovios agudos. Outra tática usada é a criação de imagens ilusórias e assustadoras para espantar os "inimigos da florestas". Dificilmente é localizado pelos caçadores, pois seus pés virados para trás servem para despistar os perseguidores, deixando rastros falsos pelas matas. Além disso, sua velocidade é surpreendente, sendo quase impossível um ser humano alcançá-lo numa corrida.
De acordo com a lenda, ele adora descansar nas sombras das mangueiras. Costuma também levar crianças pequenas para morar com ele nas matas. Após encantar as crianças e ensinar os segredos da floresta, devolve os jovens para a família, após sete anos.
Os contadores de lendas dizem que o curupira adora pregar peças naqueles que entram na floresta. Por meio de encantamentos e ilusões, ele deixa o visitante atordoado e perdido, sem saber o caminho de volta. O curupira fica observando e seguindo a pessoa, divertindo-se com o feito.
Não podemos esquecer que as lendas e
mitos são estórias criadas pela imaginação das pessoas, principalmente dos que moram em zonas rurais. Fazem parte deste contexto e geralmente carregam explicações e lições de vida. Portanto, não existem comprovações científicas sobre a existência destas figuras folclóricas.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Eu te amo mais que ao sal

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Há muitos anos atrás existiu um rei e sua rainha e eles tiveram três filhas.
O rei e a rainha a amavam sua filhas com todo o coração, mas um dia a rainha ficou muito, muito doente. Ela foi definhando e morreu. O rei ficou muito triste por perder sua bela rainha, e suas filhas ficaram muito tristes por perderem a mãe.
Mas o rei reuniu as filhas, e disse-lhe:
- Escutem, crianças, sua mãe foi para um outro mundo e algum dia espero encontrar-me com ela outra vez. Mas o principal é que vocês devem ser felizes e entender que devo cuidar de vocês. E algum dia, quando eu morrer, uma de vocês será a rainha deste país.
Os anos se passaram e as três princesinhas cresceram. O rei gostava de caçar e de atirar, ele gostava de tudo; era um bom rei e seu povo, os súditos do pais, o amavam muito. Mas uma noite o rei pensou consigo mesmo: "Os anos estão passando, estou ficando velho e não tenho um filho para suceder-me como rei. Uma de minhas filhas certamente deverá ser uma boa rainha. Mas qual? Qual será a melhor? sei que elas todas são carinhosas, amorosas, e muito boas. Mas terei de testá-las para ver qual é a mais apropriada para reinar depois de mim".
Então o rei, sendo um rei ocupado com todos os seus súditos e as coisas de seu país, não tinha muito tempo para passar com suas princesas. Ele as via todos os dias e jantava com elas e falava com elas, mas nunca teve uma conversa séria com elas. Então uma noite ele disse a seus cortesãos e a todos no palácio que queria ser deixado a sós, porque ele iria passar aquela noite com as filhas. Após o jantar ele chamou as três princesas para se sentarem á sua volta.
- Agora, minhas jovens - disse ele - quero conversar com vocês. Sabem que já faz muito tempo que sua mãe morreu. E tenho feito o melhor, e todo mundo no palácio tem feito o melhor para criá-las e ensiná-las a fazer o que desejamos que sejam - jovens princesas deste reino. Realmente não tivemos uma conversa séria antes, mas hoje desejo saber qual de vocês será a rainha depois que eu morrer!
As princesas ficaram muito aborrecidas! Elas disseram:
- Papai, não desejamos ser rainhas, só queremos que você fique conosco para sempre!
Mas ele disse:
- É impossível ficar aqui para sempre, crianças. Algum dia terei de partir deste mundo. Encontrarei sua mãe num lugar muito distante e vocês ficarão sozinhas. Não quero discussão, disputa entre vocês três... Se pelo menos uma de vocês fosse diferente! Então - ele disse - amar a mim e a meu povo. Esta noite vou dar a vocês uma tarefa: quero que digam o quanto realmente me amam.
E perguntou primeiro à filha mais velha. E ela respondeu:
- Papai, eu amo você mais do que todos os diamantes, pérolas e jóias do mundo.
- Muito bem - disse ele - que ótimo!
então ele perguntou à segunda filha:
- O quanto você me ama?
Ela disse:
Eu o amo mais que todo ouro do mundo, eu o amo mais do que todo dinheiro que existe nesta terra.
Ele disse:
-Muito bem, isso é muito bom!
Chegou a vez da caçula, que era graciosa e bonita e só tinha quinze anos:
- então disse ele - caçulinha, o quanto você me ama?
- Bom, papai - ela respondeu - eu o amo mais do que ao sal.
E o rei ficou muito, muito aborrecido! Ele disse :
- Sua irmã me ama mais do que as jóias e diamantes, e sua outra irmã me ama mais do que todo o ouro deste mundo. Mas você - você me ama mais do que ao sal?! Bem, se é assim que você sente, eu não a amo! E amanhã cedo você vai embora , será banida daqui. eu não quero vê-la nunca mais! Você me desgraçou - a coisa mais baixa da terra é o sal!
O rei ordenou que na manhã seguinte ela fosse embora, encontrar seu próprio caminho no mundo, e nunca regressasse ao palácio. Ele estava tão aborrecido! Então a pobre princesinha ficou muito triste e de coração partido. ela juntou uns poucos pertences... e suas irmãs riram e caçoaram dela. E ela foi mandada embora por ter desgraçado o pai.
A princesa andou, viajou, não tinha para onde ir. Ela viajou e viajou. E chegou a uma grande floresta e encontrou um pequeno caminho. Seguiu o caminho e pensou:
-provavelmente esse caminho me levará a uma pequena aldeia ou a um pequeno povoado onde eu possa encontrar algum lugar para abrigar-me.
Mas o caminho a levou para o meio da floresta, a muitas e muitas milhas do palácio. Ali, ela viu uma pequena cabana. E a princesa pensou: " provavelmente encontrarei abrigo aqui."
Ela aproximou-se da cabana e bateu na porta. E quando a porta se abriu, surgiu uma velha de cabelos brancos compridos e com um vestido todo rasgado. ela disse :
- O que você está fazendo aqui, queridinha?
E a princesa disse:
- Bem, é uma longa história. Estou procurando abrigo para a noite.
- Mas para onde você vai depois? - perguntou a velha.
E a princesinha respondeu:
- Não vou para lugar nenhum. Vou... fui banida pelo meu pai.
- Seu pai? - perguntou a mulher.
- Sim - disse ela - meu pai, o rei!
- Seu pai, o rei... ele a expulsou? - conte-me esta história.
Então a velha acolheu a princesinha na cabana na floresta e deu-lhe algo para comer. E sentou-a perto do fogo. E sentadinha perto do fogo estava um grande gato preto. E o grande gato preto aproximou-se e pôs a cabeça no joelho da mocinha. Ela acariciou-o. Ele ronronou como um gatinho. A velha quando viu isso ficou surpresa e disse:
- sabe, embora as visitas aqui sejam poucas, nunca ninguém que tenha estado aqui foi amigo do meu gato. Por isso, como ele distingue o bem do mal... você é boa! conte-me a sua história.
Então a princesa contou-lhe a história sobre quando sua mãe morreu e ela foi criada pelo pai e passou a vida toda no palácio e então um dia seu pai chamou as filhas... e contou-lhe a história toda que já contei a vocês.
- Que tristeza. Seu pai está precisando de uma lição.
- Mais - ela retrucou- eu não posso voltar. Fui banida do palácio, meu pai nunca mais vai querer ver-me de novo.
A velha respondeu:
- Quem sabe, talvez algum dia ele ficará feliz em ver você!
agora, voltando ao palácio, o rei vivia com suas duas filhas; a terceira tinha ido embora. e naturalmente o rei tinha suas refeições trazidas a ele. Trouxeram-lhe carne de vaca e de carneiro, e o rei adorava sua comida salgada.
Mas um dia, quando uma carne foi colocada na frente do rei, ele provou e de repente gritou:
- Tragam-me sal! - ordenou ao chefe e ao cozinheiro. - tragam-me sal!
eles vieram tremendo:
- Meu senhor , não há sal - eles disseram.
O rei disse:
- Tire isso daqui, não posso comer sem sal! Traga-me outra coisa!
Então trouxeram-lhe coisas doces para comer. E trouxeram coisas doces no dia seguinte, no outro e no outro.
Mas o rei já estava cansado daquilo tudo. Ele disse:
- Tragam-me alguma carne, tragam-me um assado, um porco, algo que eu possa comer! Tragam-me comida, comida gostosa!
Os cozinheiros e os chefes trouxeram-lhe comidas gostosas, mas sem sal. O rei enviou mensageiros, enviou soldados, mandou todo mundo pelo país inteiro... Para as princesas estavam bem, elas adoravam comidas doces. Mas seu pai, o rei, não conseguia, não conseguia um grão de sal em todo o seu reino.
Na pequena cabana na floresta a princesa ficou com a velha, e tornaram-se amigas. ela cozinhava e limpava para a velha, e o gato era seu melhor amigo. A velha amava a princesinha como nunca amara nada na vida. Mas um dia a velha voltou da floresta com uma cesta de ervas, que ela passara uma grande parte do dia a colher. Ela disse a princesa:
- Sabe vou ficar triste amanhã.
E a princesa perguntou:
- Por que, avozinha, você vai ficar triste amanhã?
- Porque você vai deixar-me.
- Mas vovozinha, não quero deixá-la. Não tenho para onde ir.
A velha disse:
- Você precisa voltar para o seu pai.
A princesa retrucou:
- Mas não posso voltar ao palácio, porque meu pai me baniu.
- Já não mais. Olhe, dê-me seu vestido - e a princesa tirou o vestido.
A velha foi ao quarto e voltou em poucos minutos. Mas quando voltou, o vestido da princesa estava cheio de remendos e todo esfarrapado.
- Agora - disse ela à princesa - tire os sapatos.
A princesa tirou os sapatos. E a velha pegou uma tesoura e cortou o cabelo da princesa. A seguir ela foi perto do fogo e juntou um punhado de fuligem. E esfregou as cinzas no rosto da princesa.
- Agora - ela disse - você pode voltar para o seu pai.
- Fui banida, eu não... não posso voltar ao palácio!
- Você deve - disse a velha - porque você vai ser a próxima rainha!
- Eu, a próxima rainha? Uma de minhas irmãs é quem vai ser a próxima rainha; elas amam meu pai como ao ouro, elas amam meu pai como a diamantes.
- Mas - disse a velha - você ama seu pai mais do que ao sal! - e foi à cozinha e tirou uma pequena sacola de pano e encheu-a de sal.
- Agora - disse ela - tome isto e volte ao palácio. Tenho certeza de que será bem-vinda.
Então a princesa sabia que a velha estava falando a verdade, sabia que a velha tinha sido boa para ela. E disse:
- Lembre-se, eu voltarei!
- Volte - disse a velha - quando você for rainha! Vá para o palácio pelo mesmo caminho em que chegou aqui.
A princesa despediu-se da velha. Sabia que ela era uma bruxa. E que tinha destruído cada partícula de sal do país porque a princesa havia lhe contado sua história... e mesmo se alguém tivesse trazido sal de qualquer distância do palácio, o sal desapareceria, porque a velha bruxa havia posto um feitiço no palácio: nenhum sal poderia entrar ali.
A essa altura o rei estava ficando louco, ele não conseguia sentir gosto em nada -daria o seu reinado, por um grão de sal. Então, dois dias depois, quando ele estava clamando por sal e dizia que iria morrer se não comesse sal...chegou uma mendiga descalça no palácio. E o guarda parou-a e perguntou-lhe o que queria.
Ela disse:
- Quero ver o rei.
- Por que você quer ver o rei? - o guarda indagou.
- Bem - disse ela - eu trouxe um presente para o rei.
- O que poderia uma mendiga descalça trazer para o rei?
Ela respondeu:
- eu trouxe uma sacola de sal.
E quando ele ouviu isso, rapidamente - ele não queria perder tempo - levou-a até o rei. E o guarda disse:
- Majestade, eu trouxe alguém para vê-lo.
Ela estava diante do rei, com o cabelo cortado, o rosto sujo de cinzas, descalça. E na mão trazia uma sacola.
O rei disse:
- Quem é essa mendiga esfarrapada que você trouxe aqui?
E os guardas, os cozinheiros, e todos estavam ansiosos; eles disseram:
- Majestade, o senhor não pode imaginar o que essa mendiga trouxe... ela trouxe algo muito especial!
- O que ela poderia trazer-me? - disse o rei.- Nada no mundo eu desejo: tenho ouro, tenho diamantes, tenho tudo...Mas se pelo menos eu pudesse ter um pouco de sal...
- O guarda disse:
- Majestade, a mendiga trouxe-lhe uma sacola de sal.
- Oh, oh -disse o rei - ela trouxe... ela... traga-a aqui!
A princesinha aproximou-se do rei e disse:
- Aqui está...
O rei olhou dentro da sacola, colocou um dedo dentro da sacola e provou.
-Até que enfim - ele disse - Saaaal! A coisa mais maravilhosa do mundo!melhor do que diamantes ou pérolas ou ouro ou qualquer coisa no meu reino! Por fim, posso comer.
Ele dirigiu-se a mendiga, e disse:
- O que você deseja? você me trouxe a coisa mais preciosa deste mundo... O que você quer? Que tipo de recompensa deseja?
Ela voltou-se e disse:
- Pai, não quero nada!
E o rei disse:
- O quê?
Ela disse ao rei:
-Pai, não quero nada. Porque o amo mais do que amo ao sal.
Então o rei soube que a moça era sua filha mais jovem. Ele abraçou-a e beijou-a, e a fez mais do que bem-vinda. Ele descobriu a verdade: o sal era mais importante para ele do que qualquer coisa do mundo. E ela foi acolhida por todos no palácio. Quando o velho rei morreu ela tornou-se rainha e reinou sobre o país por muitos anos, e nunca se esqueceu de sua amiga, a velha da floresta. E assim termina minha história.
NOTA:
Esta rara versão de Cinderela é de Ducan Williamson, o famoso contador de histórias escocês, transcrito por sua mulher, Drª Linda Williamson, de versão oral. De acordo com Ducan, os viajantes não gostavam de bruxas, por isso ele não dá nomes a elas em suas histórias. Aqui ele também descreve a bruxa como uma velha no primeiro encontro. Em várias outras histórias ela apareceu disfarçada em mulher-pássaro ou numa mulher alta ou mágica. há um precedente para isso em outras culturas. Os celtas não davam nomes ás fadas, preferindo referir-se a elas como"gente boa", e as fadas na bretanha eram chamadas "Mére Commere".
Na maioria das variações de baga Yaga e Mãe Holle a heroína descobre que servir à bruxa e cuidar de seus animais traz recompensas, embora essas mulheres conservem sobre si uma áurea misteriosa e ameaçadora. A bruxa-da-floresta desta história é sem dúvida uma "ajudante' . ela poderia ser considerada um modelo anterior da fada-madrinha, tornada famosa por Perrault em suas elegantes histórias de Cinderela. A Fada-Madrinha (Fairly Godmother) parece ter origem no conto italiano Pantamerone, de Giambattista Basile, onde uma fada ajudante emerge de uma árvore. aparentemente, a inserção de "Deus" (God) entre "fada" (fairy) e "mãe" (mother) de alguma forma endossa a aceitação de presentes de uma fonte oculta´- particularmente de uma bruxa, por tanto tempo demonizada pela Igreja. Ou talvez "Deus" (God) seja simplesmente uma corruptela de "bom" (good), em cujo caso a conexão pagã com fadas e a Mãe Deusa" mais uma vez aparece. A figura maternal logicamente é uma parte crucial das muitas variações de cinderela - uma árvore pode crescer de seu túmulo, ou ela pode comunicar-se com a filha e encontrar maneiras de alimentá-la.
Esta versão é muito realista. A princesa abandonada não é magicamente sustentada, mas sim cuidada por uma velha. A transformação da princesa em mendiga suja é um disfarce. A única mágica aqui é a retirada do sal - um estranho milagre da natureza. O sal é significante no contexto dos contos de fadas, uma vez que é um talismã contra bruxarias. Foi usado para proteger bebês contra demônios, bruxas-ladras e outros espíritos, nenhum dos quais come sal. Na teoria alquimista o sal é a terceira principal substância, depois do enxofre e do mercúrio. acredita-se que ele estabiliza e assenta as outras no chão. A perda e restituição do sal nesta história certamente assenta o pomposo velho rei de volta à terra!
(Tell me a story for Christmas, Ducan Williamson, Edinburgo, Canongate Publishing, 1987,p.80).
Fonte: O Livro das bruxas. Compilado por Shahrukh Husain.--\Rio de Janeiro : Objetiva, 1995.
p. 33-40.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Brilhe!

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Certa vez uma serpente começou a perseguir um vaga-lume.
O vaga-lume fugia rápido, com medo da feroz predadora e a serpente nem pensava em desistir…
Fugiu um dia todo e ela não desistia, dois dias e nada…
No terceiro dia, já sem forças, o vaga-lume parou e disse à cobra:
- Posso lhe fazer três perguntas?
- Não costumo abrir esse precedente para ninguém, mas já que vou te devorar mesmo, pode
perguntar…
- Pertenço a sua cadeia alimentar?
- Não.
- Eu te fiz algum mal?
- Não.
- Então, por que você quer acabar comigo?
- Porque não suporto ver você brilhar…
Moral: Não dê ouvidos para os derrotistas ou pessoas negativas que tentam te colocar para baixo ou te fazer sentir-se menor.
Tire sempre que possível lição positiva da vida…
É uma questão de escolha, ter um “limão ou uma limonada…”
Acredite em seu poder de crescimento, criatividade e de BRILHAR como pessoa e profissional.
Não se encabule por ser bom, por se destacar, saiba seus pontos falhos e trabalhe nestes para se
tornar melhor, mas, sobretudo, saiba exatamente o que você tem de bom.
Dê “com os ombros” para intrigas, desavenças, inveja ou maledicências…
Seja você, mas em sua máxima e melhor performance!

Fonte: http://www.mensagensdiarias.com.br
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- O que significa trabalhar em equipe?
- A princesa e a ervilha

O que significa trabalho em equipe?

Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote.
Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali.
Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao curral da fazenda advertindo a todos:
- Há uma ratoeira na casa! Há uma ratoeira na casa!
A galinha disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi então até o porco e lhe disse:
- Senhor Porco, há uma ratoeira na casa, uma ratoeira...
O porco disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar.
Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca.
A vaca lhe disse:
- O que Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo?
- Acho que não Senhora Vaca... Respondeu o rato.
Então o rato voltou para seu canto, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro sozinho.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima.
A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego.No escuro, ela não viu que a ratoeira havia pego a cauda de uma cobra venenosa.
E a cobra picou a mulher.
O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital era grave, porém por um milagre se recuperou e voltou para casa, mas com muitos cuidados.
Saúde abalada nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal, a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os parentes, amigos e vizinhos vieram visitá-la.
Para alimentá-los, o fazendeiro matou o porco.
A mulher se recuperou e o fazendeiro feliz da vida resolveu dar uma festa, matou a vaca para o churrasco...
MORAL DA HISTÓRIA:
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que quando existir uma ratoeira todos correm risco.
(Fonte: catequistasheila)